sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

1103



A ti, que achas que por falares muito, o que dizes é importante. A ti, que gabas a frontalidade que aspiras porque te sai da boca aquilo que o cérebro teima em não filtrar. A ti, cuja indignação não passa das redes sociais. A ti, que dás festas ao ego para que ele te admire sempre. A ti que tens argumentos fáceis, mas tão fáceis que se te perguntam porquê só grunhes. A ti que achas que o mundo todo está cheio de gente feia, mas tu és especial. A ti caríssimo, gostaria de te lembrar que dizeres o que pensas não é frontalidade, é só ordinarice. Que o que tu pensas, todos os grunhos com um copo de cerveja à frente reproduzem. Que a vida não é só preto e branco. Que o que tu pensas é teu e de mais ninguém. E aqui - Ámen -, agradecemos todos.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A minha capacidade de me surpreender não se esgota e eu vivo feliz com isso. Há pessoas absolutamente fantásticas que tenho e tive o prazer de conhecer, e mesmo não conhecendo pessoalmente,  que se dispõem a ajudar e a fazer pelos outros e eu penso, meu deus, mas ainda há disto?
Sempre acreditei que devemos dar às pessoas aquilo que elas realmente necessitam, ainda que para isso tenhamos que nos adaptar todos os dias. E isso dá trabalho, sim, dá muito trabalho, mas é tão compensador.
Vou sair deste ano com uma energia fantástica apesar de todas as mudanças e de todas as portas que fechei. Continuo a acreditar que todos os dias abro portas novas e que um dia abrirei a minha. E nesta questão karmica do dar e receber, acredito em absoluto que dar é tão melhor.
Não tenho tido tempo para nada, mas o pouco que tenho está a ser gasto com gente fresca, nova e apesar de tudo, de bem com a vida. E isto basta-me.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Escrevia mais e melhor quando andava melancolicamente fodida com a vida.
As coisas continuam iguais, mas eu decidi olhar para elas de maneira diferente. Bastou mudar o ângulo. Para mais, não tenho tido tempo para escrever. E ler, só as legendas da televisão. Shame on you MC!

domingo, 8 de dezembro de 2013

Dos sítios com fama

Hoje de manhã fui pequeno-almoçar com um grupo de amigos que já não via há algum tempo. Chegámos ao sítio combinado e estava à pinha, com gente à espera para entrar. Espera, não espera, lá arranjámos mesa para sete pessoas e um bébé.
O espaço está engraçado, bem localizado e come-se bem, mas tenho que dar razão ao meu amigo que me diz que os espaços ganham fama quando são frequentados por gajos que usam óculos da avó.
Não consigo tirar esta ideia da cabeça e já me fartei de rir com a associação de quem faz o espaço: se ele mesmo, se apenas as pessoas, se a conjugação entre ambos.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O antes só... já era

Alone


Estar-se sozinho hoje em dia, mais do que uma circunstância, é uma fatalidade. Mas para os outros.
Os outros não te perdoam que estejas sozinho e mesmo se isso fosse uma opção tua, uma coisa que traçaste para ti, os outros não deixam. Não evitam olhar para ti como se tivesses um sério problema, como se a tua opção fosse uma doença, embora eu não saiba porque é que efetivamente constitui um problema para os outros.
Acontece que quando não é opção, mas é circunstancial, tu próprio te sentes mal com a questão: e novidades? Porque aquilo que realmente querem saber de ti é onde trabalhas o com quem casaste. Se és feliz com as tuas opções, se te sentes realizado, se convives bem contigo, isso são meros acessórios. Até a pergunta: então, tudo bem?, vem carregada de esperança que tu digas que finalmente casaste e fizeste um filho. Depois perguntar-te-ão quando vem o próximo e depois o próximo até esgotarem as possibilidades e ficarem à espera que te comeces a queixar das mazelas da idade.
A nossa vida custa muito aos outros e as nossas opções custam ainda mais.
Se fores gira e inteligente perdoar-te-ão menos, porque também compreenderão menos.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Estou viva! Alegre, contente e imensamente cansada. Não tenho cérebro para escrever mais de duas linhas nem para produzir ideias a não ser que mas peçam. Espero retomar o meu estado pacífico para poder continuar a escrever nesta cidade sem sexo.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Blá Blá Blá

A minha veia romântica, mas não excessivamente romântica, coloca o meu cérebro a pensar blá blá bla... sempre que ouço um homem cheio de falinhas mansas, a boca cheia de clichés e uma pornochachada carregada de sentimentalismo. Aquele discurso serve qualquer carapuço e, a sério, é tão mas tão maçador.

Calem-me a boca com um beijo ou uma resposta inteligente, para além disso deixem-se estar.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Do dar e do receber

Há coisas que a idade me tem trazido que jogam cada vez mais a meu favor. O metabolismo não é um bom exemplo. Está cada vez mais lento. Assim como o meu estado constante de sonolência, que me daria, se eu me permitisse, para dormir em qualquer esquina. Bom, mas isto são pormenores.
Ora o que me tem trazido realmente de bom é a minha capacidade de tolerar cada vez menos as idiotices alheias. Se a pessoa tem um plafond grande para fazer idiotices (e isto aplica-se a gente que está na minha vida há muitttto tempo) então eu modero a paciência, mas se por azar não tem um plafond assim muito grande, pode descansar que eu vou ali à esquina comprar cigarros e não volto mais.
E nem é por nada, nem orgulho, nem teimosia, é mesmo falta de paciência e tolerância para gentes e coisas que não me acrescentam absolutamente nada. E isto das minhas relações com coisas e pessoas é muito na onda capitalista da oferta e da procura. Eu tenho muito para oferecer, mas procuro em igual medida. É um sistema de troca gratuito em que se oferece e dá, de modo a ganharem o dois (ou três ou quatro) e saírem igualmente ricos.
Por enquanto nem a idiotice nem a estupidez alheia me fazem ficar mais rica, nem melhor, nem com vontade de dar. É altura de pegar na mala e sair devagar, assim como quem não quer a coisa, sabendo que não quer voltar.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Só queria desabafar!

Estou feliz, entusiasmada e não, não casei e não estou grávida. Bastou pôr três smiles no meu facebook para toda a gente partir do principio que tinha encontrado o homem da minha vida, casado e feito bébés, assim num espaço de tempo que nem dá para fazer a digestão. Mas a felicidade resume-se a isto? Não!
Estou feliz porque surgiu uma oportunidade nova no trabalho e quando eu julgava que ia ficar desempregada daqui a três meses, afinal não, não vou.
Posso dizer que neste momento a minha vida está toda em obras e não me importo nada porque me fartei de deitar coisas abaixo e largar outras tantas e agora tudo se compõe. É isto. Só queria desabafar.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Isto mói e sim, mata!

Aquilo que realmente me frustra e que me faz ficar descrente que a vida seja mais do que simplesmente isto, não é tanto a falta das coisas acontecerem, mas da não existência, sequer, das possibilidades.
Aquilo que preciso agora, já, imediatamente é de uma possibilidade, acreditar que é possível acontecer.
Porque se eu soubesse que essa possibilidade vinha a caminho, descansava este pesar de alma que me chateia e maça (não tenho grande paciência para estes estados d'alma que pesam) e viveria feliz, todos os dias, porque me saberia em contagem decrescente...
Marilyn Monroe<3

domingo, 10 de novembro de 2013

Dia oficial da tristeza

Se tivesse que eleger um dia oficial para a tristeza seria, sem dúvida, o domingo. Abomino domingos. Não gosto de acordar neles. São dias tristes, sozinhos, mal companhados, vazios. Fazem-me pensar e eu não gosto de pensar, fazem-me sentir e eu não gosto de sentir, faz-me cair no real e eu prefiro ir sonhando.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Não vou permitir que me façam duvidar de mim

Não vou permitir que me façam duvidar do que sou e se há coisa que sei ser é boa. E não estou a falar de boazona nem de boazinha, mas aquele boa que fica ali no meio termo entre a mania do que se é e a aspiração do que se deveria ser. 
Fazer de nós o que queremos ser dá trabalho, sobretudo quando insistem connosco numa coisa que nós sabemos que não somos. Não me vou desculpar se tiver que dizer que não, embora saiba que te possa magoar. Não vou fazer o que não é suposto porque me dizes que te dá jeito. Não vou trabalhar para ti porque achas que é um direito teu. Ser o que somos e o que queremos ser dá trabalho porque não vamos agradar sempre. E depois de não agradarmos, o bom que sempre fomos fica para trás. Afinal já não somos assim tão bons, pelo menos para os outros, porque para nós, seremos sempre o melhor que soubermos ser. 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Eu sei, mas não devia...




EU SEI, MAS NÃO DEVIA


Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que
não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque
não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se
acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar
o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o
tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho
porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado
sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita
os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não
acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler
todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A
sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava
tanto ser visto. 
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para
ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para
pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar
mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios.
A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser
instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de
cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se
acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia
dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando
não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o
cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia
está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro,
a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o
que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma
para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto
acostumar, se perde de si mesma.

Marina Colasanti
free

Não sei se nos havemos de ver alguma vez mais nesta vida, mas espero que não. Começaria a desejar, inconscientemente, que o tempo passasse a correr e com isto, envelheceria sem dar por mim...

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Se pudesse gritava palavrões bem alto, ao invés, escrevi...

Pedir a alguém que se anime quando está triste, em baixo, sem vontade de nada é o mesmo que pedir a alguém que está com alzheimer que se lembre das coisas.
É possível dar espaço às pessoas para se sentirem mal, solitárias, amarguradas com vida, raivosas, irritadas? Se tudo correr bem, isto passa, há-de passar, mas pelo amor de deus, não me venham com a merda das receitas mágicas do anima-te, precisas é disto ou daquilo, como se isso resultasse com toda a gente e fosse obrigação minha estar todos os dias de bem com a vida e com as pessoas. Logo eu, que costumo gostar muito de pessoas, mas que cada vez mais me farto delas e das suas teorias e das suas receitas de vida e de acharem que se eu fizesse o que elas mandam tudo seria mais feliz. Foda-se! Só me apetece gritar palavrões, assim todos de seguida e bem alto, mas em estando a escrever isto no café da fnac, com algumas pessoas à volta e musiquinha clássica de fundo, iria passar por maluca e isso é coisa que ainda não sou, mas para lá caminho a passos bem largos.

sábado, 2 de novembro de 2013

Assim que cortamos a corda que nos sustenta, caímos do abismo. E o que nos assusta é olhar cá para baixo e não saber como ficaremos quando embatermos no chão. O que nos esquecemos é que durante a viagem, acabamos por flutuar e aplanamos no meio de um novo mundo. Depois sentimo-nos totalmente livres. E é aqui que começamos a ser de novo felizes. O que custa mesmo é a expetativa de cair no chão a alta velocidade, mas nem tudo é assim tão rápido nem tão mau. Há sempre o meio termos que nos aconchega. Eu que sempre fui tudo ou nada, branco ou preto, estou precisamente a meio caminho do chão.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

É isto

Às vezes, quando tenho tempo e disposição, ponho-me a ler blogs. Há aqueles que leio frequentemente, são da casa já. Há outros que vou lá ver o que mudou, o que se diz.
Mas o que eu gosto nisto dos blogs é reparar que, invariavelmente, se se disser o que determinado público que ler, os comentários andam sempre à volta da aprovação generalizada, da concordância fácil, do 'adorei ler-te'.
Leio muitos, comento poucos (a minha opinião vale o que vale), mas disponho-me a analisar toda esta dinâmica e diverte-me imenso. Tanto quase como me divirto a responder aos comentários que me deixam que, embora raros,  não se compõem de  lol's e smiles ;)).

terça-feira, 29 de outubro de 2013

To be or not to be

Gabo o à-vontade com que as pessoas dizem às outras: sê feliz, como se isso fosse uma coisa tão banal de se fazer. Gabo o à-vontade dessas pessoas que, no meio da sua vida sensaborona pedem aos outros a ousadia de serem felizes, como quem deve pedir uma bica em chávena escaldada e depois fica à espera que a coloquem no balcão. No fundo nem sei se acredito que as pessoas que o dizem com essa facilidade são realmente felizes ou se já não sabem o que isso é, mas vivem num conforto tão grande de uma vidinha que se esquecem de questionar, mas afinal o que é isso de ser feliz?

Aquela linha que separa

Untitled


Durante aquele tempo todo ele havia prometido que faria dela a mulher mais especial do mundo. Encetou todas as energias para que, em momento algum, ela se sentisse menos do que aquilo que ele queria que ela fosse. 
Para ele, era era sempre linda, até nos momentos em que ela sabia que não o era. Qualquer que fosse a hora do dia ou o contexto, ele não se privava de lhe dizer o quão ela era linda. 
As mensagens de amor choviam, umas inventadas por ele, outras onde ele buscava inspiração. Os presentes e flores eram comuns. Tudo nela era perfeito e ele não fazia por menos. 
Os gestos eram para ela, a admiração também, a vida era dela e para ela. 

Um dia ela foi embora. Ele nunca percebeu porquê. Ela nunca teve a coragem de lhe dizer que se sentiu um embuste, pois nunca ousou mostrar o seu lado menos bom. 


Há uma diferença grande entre o modo como uma mulher gosta de ser tratada e o modo como um homem acha que uma mulher gosta de ser tratada. 


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Há muitos motivos que me levam a ler blogues. Há muito poucos que me levam a deixar de os ler: erros ortográficos frequentes e posts de encher chouriços.

domingo, 20 de outubro de 2013

Às vezes é preciso matar o amor...

Tumblr


Às vezes é preciso matar o amor. Matá-lo aos bocadinhos, todos os dias mais um bocadinho. Fazer com que ele suma de vez dos nossos corpos. Mas não é matar o amor universal, aquele que deve ser gasto com as pessoas certas. É matar o amor errado, aquele que corrói, aquele que não acrescenta, aquele que fere, aquele que nos faz esquecer das coisas más, quando deveríamos lembrar-nos delas para o matar melhor. 

Deveríamos matar o amor antes que ele se esgote. Porque se o matarmos, ele pode renascer de novo, maior e mais grandioso. Mas se o gastarmos ficamos secos, condoídos, sem vontade de dar o que quer que seja. 

Às vezes é preciso matar o amor, mas devagar, sem pressa. Matá-lo de repente é uma utopia e querendo fugir do que se acabou de matar, acaba-se carregando a arma do crime, os vestígios, o resto desse amor. 

Às vezes é preciso matar o amor. Primeiro no corpo, depois na alma. Todos os dias, dia-a-dia, no banho, no café, na rua, no pensamento. Depois de morto, já não o damos, a não ser a nós mesmos. E neste caso, devemos dá-lo sempre, todos os dias, a toda a hora....

sábado, 19 de outubro de 2013

Tabém, tá..

SKINNY BODY - I love yoga | via Tumblr

Decidi voltar ao ginásio para ver se me ponho em forma outra vez, que isto depois dos 30 o metabolismo já não ajuda em nada. Como já não faço exercício há muito tempo decidi começar por uma coisa mais calma para não me escavacar logo no primeiro dia. Acabei a minha sexta-feira numa aula de yoga, já que a semana foi muito stressante e eu precisava de alguma coisa que me fizesse relaxar. 

Lá fui eu, ao fim do dia, fazer yoga, mas já não me lembrava de como aquilo ainda assim custava. Inspirar, expirar, tudo ok, estica dali, estica daqui e vem o instrutor dizer que afinal tenho que mandar as ancas para o teto e virar tudo. E eu a custo lá fui fazendo. Chega àquela parte da aula em que o pessoal que já faz aquilo há tempos, consegue levantar o corpinho todo com um bracinho e eu a tentar a todo o custo tirar o cu do tapete e a pensar, que merda, como vou meter os meus quilos em cima de um braço. Rapidamente percebi que não, que isso daqui a uns 20 anos talvez seja possível, mas naquela momento de todo que era possível. 

Lá fui fazendo a aula, de rabo espetado para o teto e as pernas a tremer que nem varas verdes. Já toda vermelha e sem charme nenhum, a achar que sou a única gaja no yoga a transpirar. Fiquei até ao fim. 

Hoje acordei com uma sensação dolorosa no joelho. Lixei o joelho numa qualquer posição esquisita e pergunto-me, quem mais se lixa todo numa aula de yoga? Só mesmo eu né?

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Das coisas que não me interessam nada saber

Das frases de auto-ajuda
Do modo como te estás a sentir
Do que comeste ao almoço
Dos recados que estás a dar a alguém, mas que serviram a carapuça de umas quantas pessoas
Do tipo de relação que tens (e se é complicado, azar o teu)
Dos agradecimentos públicos ( experimenta ligares, não custa nada)
Dos videos de indignação (parece que está na moda a indignação, toda a gente de indigna com alguma coisa, sentados no sofá a ver a casa dos segredos).

É isto

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Gente, pelo amor de deus, já não consigo ver vídeos nas redes sociais de programas de talentos com os juris a chorar porque afinal a pessoa canta muito bem, ainda que ninguém dê nada por ela só de lhe olhar para a cara!

Carência a quanto obrigas

girl | via Tumblr


Creio que já tinha escrito aqui que pior que uma mulher desesperada por amor é uma mulher desesperada por amor que não disfarça. Afinal há ainda pior: um homem desesperado por amor que não disfarça. 

Não sei se é algum descontrole hormonal que há no meu local de trabalho que provoca situações ridículas de engate barato. Tenho colegas que, saídos recentemente de relações ou desejosos de sair das que têm actualmente, tentam lançar a cana de pesca a ver se cai alguma coisa na rede. Então começam com falinhas mansas sobre o quão bonitas nós somos e estamos, que tiveram saudades nossos no fim-de-semana, que não lhes ligamos nenhuma. E eu pergunto-me, mas que merda é esta agora? E depois vejo-os com o mesmo discurso para outras colegas minhas (geralmente as solteiras, mas provavelmente às outras também). 

Nisto lá tenho eu que calçar as ferraduras e responder, quando me perguntam se tive saudades, que não, que não tive nenhumas e porque haveria de ter? 

Se ao menos isto me desse para elevar o ego, mas é que nem dá senhores, porque a abordagem é tão, mas tão fraquinha que me dá dó ver ao ponto que as pessoas chegam por um bocadinho de atenção. 

Mais a mais deve haver alguma suposição que as mulheres solteiras estão disponíveis para este tipo de ladaínha toda e que gostam destas merdas, mas a mim, santa paciência, torram-me o juízo fazem-me revirar os olhos. 

E esta carência toda e fragilidade é coisa que me tira o tesão todo por um homem e se nunca tinha havido, agora então é que fica reduzido a pó. 

Senhores, shame on you!

Não gosto

Understand?

Não gosto, não tolero, irrita-me solenemente que me liguem quando não tê mais planos, quando estão aborrecidos, quando o resto da lista não atende, quando estão em baixo.
Estou cada vez mais perita em dizer que não. Aliás, adoro dizer que não, sobretudo quando é merecido!

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Fazer o quê?

O problema, o grande problema é sabermo-nos pior do que somos. É passar metade do tempo a pensar que não somos bons o suficiente e a outra metade a perceber porquê. É achar que se calhar se fossemos realmente bons as coisas seriam diferentes.

Mas afinal, não somos assim tão maus e inevitavelmente as coisas acontecem exactamente como têm que acontecer.

Não quero pensar que tudo é assim tão aleatório nem quero pensar que tudo é ardilosamente concebido pelo destino. Quer um quer, quer outro, estão a dever-me muito!

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Era só isto

Vinha aqui escrever qualquer coisa, mas entretanto reparei que a blogosfera anda toda apaixonada, com noites calientes, orgasmos múltiplos, calores noturnos, amores desmesurados, que me perdi e esqueci-me do que tinha para dizer.

Era só isto.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Coisas que não entendo

Die Young | via Tumblr


Nunca entendi aquela coisa de se terminar relações com: - Desculpa, mas não estou preparada(o) para uma relação!
Pessoas A gosta de B. Pessoa B gosta de A. Simples não? Entretanto, um dia acorda-se e pensa-se: ai espera lá que afinal estou metido numa relação (sim, que ainda me vão explicar a linha que separa uma relação de uma amizade colorida ou de 'um caso') e afinal não estou preparado. Preparado para quê afinal? Para estar com quem se gosta?

E, em calhando não estar preparado, que agente tem fases dessas, porque é que se metem nelas? Não vale mais dizer antes? Vale a pena deixar o barco andar para depois pensar que ele afinal não devia ter saído do porto?

Ou será que este argumento vem bater o antiquíssimo: O problema não és tu, sou eu...?...

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Oooohhhhhmmmmmmmmmmmmm


Depois de um dia como o de ontem em que tive uma dor de cabeça tão grande que o cheiro das pessoas me dava vontade de vomitar, acho que devia retomar o meu yoga, embora o efeito seja mais ou menos o retratado.
Depois do yoga devia começar a tentar meditar, pois que lhe reconheço os efeitos benéficos que me  traz à mente e à paz de espirito e aí juro que mais nada nem ninguém me provocará dores de cabeça!

domingo, 29 de setembro de 2013

É isto, só isto

Se há coisa que me consome os nervos, me tira do sério, me dá vontade de me esmurrar a mim mesma é saber hoje, como soube ontem e  como saberei amanhã, que perdi tempo. Muito tempo. E muito tempo da minha juventude. Irrita-me que tenha sabido tantas e tantas vezes que estava a tomar a opção errada e nunca fiz o suficiente, o que deveria ter feito para parar. Irrita-me que hoje ainda me irrite. 
Não gosto de me decepcionar, sobretudo comigo que sei sempre sempre para onde não quero ir, onde não quero estar e o que não quero fazer. E mesmo sabendo disto tudo, insisti. E perdi tempo. Já disse que odeio perder tempo não já? 
Odeio ainda mais o que os outros levam de mim. E levam, muitas vezes, o melhor de mim, que só sei dar o melhor. Hoje estou seca. Sequei. E não sei se me restará alguma coisa para dar. Acho que já não tenho nada para dar. 

Dedicado à minha amiga K. 

Of course not...



i´m so much better that you can´t handle it

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Voltou a apetecer-me

Voltou a apetecer-me fazer scones. Voltou a apetecer-me aninhar-me no sofá com uma manta. Voltou a apetecer-me fazer zapping. Voltou a apetecer-me encher a prateleira com livros novos e lê-los ao som da chuva. Voltou a apetecer-me ir ao cinema ao fim de tarde e comer pipocas acabadas de fazer. Voltou a apetecer-me calçar botas e vestir casacos compridos. Voltou a apetecer-me banhos quentes e castanhas assadas. Voltou a apetecer-me isso tudo e já há muito que me apetece fazer isso com companhia...

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Disto dos casamentos e tal

Os meus amigos não casam. Juntam-se e está tudo bem. A outra metade dos meus amigos não se junta e está tudo bem na mesma. Isto para dizer que nos últimos anos só fui a 2 casamentos. Um deles de uma amiga minha e outro do meu semi-irmão.
Antes de fazerem três anos de casados a minha amiga separa-se. O meu semi-irmão não chegou a completar um ano.
Conto isto a uma amiga minha e quando acabo de contar calo-me e ela também se cala.
Pergunto a medo: será que eu sou a agoirenta dos casamentos?
Ela responde: 'Estava a pensar nisso, mas não quis dizer'. E desatamos as duas a rir à gargalhada.

Tão cedo não aceito convites para casamentos!

Às vezes um cigarro não é só um cigarro


Quantas estórias não se escondem por trás de um cigarro fumado? E de uma garrafa quase vazia?
(esta cor de cabelo quase podia ser a minha!)

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Eu quero foder!




Não dá. Não consigo parar de rir com esta cena. O ar dela é impagável. O dele nem se fala!

Falta tudo, falta o resto...

As diferenças | via Facebook

Continuo a achar que os opostos não se aturam, mas quando me refiro a opostos estou a referir objectivos de vida, valores, sonhos, planos. Não se refiro a sermos diferentes porque não temos o mesmo clube, não ouvimos a mesma música, não gostamos da mesma cor, não lermos os mesmos livros. Isso faz parte das peças do puzzle, agora o resto... o resto é que importa. E é esse resto que faz toda a diferença.

Gosto

Resultados da Pesquisa de imagens do Google para http://meustracos.files.wordpress.com/2012/01/tumblr_lfa3jmohbd1qdtch1o1_500_large_large.jpg

Gosto de ter razão, mas gosto que me cales com bons argumentos. Gosto que me surpreendas nas pequenas coisas. Gosto que estejas seguro de ti e de mim, quando eu não estiver. Gosto que sejas maior que eu para que caiba dentro do teu abraço e me ponha em bicos de pés quando te beijo. Gosto quando me mimas sem que eu esteja à espera. Gosto que puxes por mim e me digas que sou capaz. Gosto que te rias das minhas parvoíces. Gosto que gostes das minhas parvoíces. Gosto que me acordes de manhã com inspiração divina. Gosto que me cales com beijos. Gosto que me ponhas no lugar. Gosto que me faças rir. 

Aponta, quem quer que sejas! 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

É tudo por agora!

Ter um espaço onde possa exorcizar as minhas merdas é do melhor que há. Não resolve nada, que não resolve, mas ao menos chego aqui e escrevo e às vezes nem releio e vai de postar o que me apetece.

Deste blog ninguém praticamente sabe até porque não entenderiam metade das ironias que aqui ponho, mesmo que o assunto seja sempre mais ou menos o mesmo. Para outras coisas tenho outro blog que, enfim, puxa mais ao sentimentalismo e onde me dá para escrever outras tretas que ainda assim também não interessam a ninguém .

A verdade é que aqui relato coisas que me lembro, que me fazem sentido, que não me fazem sentido nenhum, estórias que não são minhas, mas podiam ser, estórias de gente perto de mim, estórias que não existem em lado nenhum, mas na minha cabeça existem.

Mais a mais venho aqui escrever porque nem sempre posso dizer às pessoas aquilo que acho realmente, e sendo este um espaço onde me apraz falar sobre relações e ralações e porque acho que há algumas que são uma verdadeira tortura, mas ninguém fala disso eu prefiro também não falar e somos todos felizes e contentes. Ora lá só porque não falo não significa que ainda assim me cale!

Portanto este espaço sendo tão meu é ainda assim tão vosso (queridos três leitores que me leem, mais coisa menos coisa), que não me conhecendo não reviram certamente os olhos ao que eu às vezes tenho a ousadia de dizer e pasme-se! Pensar!

É tudo por agora!

Destas coisas

Borboletas na barriga. Hoje voltei a senti-las. Assim uma sensação estranha, desconcentração total, tremores nas pernas, fraqueza de pensamento. Não sei como fui deixar que isso acontecesse, como não me lembrei que poderia voltar a acontecer. Julgava que já tinha aprendido tudo, já tinha tirado partido da lição de casa, mas pelos vistos não. Quando menos esperamos volta a acontecer.
Vinha para casa a pensar nisto e fez-se luz. Com tanta merda para fazer hoje, estava há horas sem comer...

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Pensamento do dia #2


Nunca teve uma daquelas noites em que não lhe apetece sair, mas o seu penteado está perfeito demais para ficar em casa?
Jack Simmons

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Pensamento do dia #1

Os solteiros deviam pagar muito mais impostos. Não é justo que alguns homens sejam mais felizes do que outros em tudo.
Oscar Wilde


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Going on a date

Quando te decides  a embarcar num encontro fresquinho, depois de muito tempo de pausa para café:


Zooey Deschanel


Quando começas a pensar como será:
Janie*

Como esperas que acabará um dia, se correr tudo muito bem:

(8) Tumblr

Como esperas que continue:
We used to be inseparable . | via Tumblr

E depois pode ser isto:
:'(


Ou não. Ou não...



sábado, 14 de setembro de 2013

Sim, às vezes somos dificeis

Cover Photos

Às vezes digo que não, mas quero dizer que sim. Às vezes respondo que estou ótima quando me sinto uma merda. Às vezes não digo nada com vontade de dizer. Nos dias críticos não respondo por mim. É este o meio método de compensação. 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

As you wish

Effy | via Tumblr



Não tenho pachorra nenhuma para os argumentos que apelam às novas fases. Ah isso é só uma fase. 
- As coisas no trabalho não estão muito bem.
- Ah isso é uma fase, depois passa.
- Sinto-me estranha, irritada, já não suporto gente.
- Não te preocupes é só uma fase, depois passa.
- Tou capaz de te partir os dentes com essa merda de argumentos.
- Não te preocupes, é só uma fase, depois passa..

Foda-se!

Muda o ano, é uma nova fase, muda a estação é uma nova fase, fazes anos, é uma nova fase, casas, é uma nova fase. Porra eu sei que tudo é passível de ser uma nova fase, mas caramba, não é porque as coisas mudam de fase que serão necessariamente melhores ou piores. São e pronto. Descredibilizar o que os outros dizem ou sentem com o argumento que é só uma fase é das coisas mais irritantes que me podem pôr a ouvir. 
We Don’t Meet People By Accident. They Are Meant To Cross Our Path For A Reason.. | DEEP DUTTA'S BLOG


E depois há ciclos assim: contentamento, expectativa, desilusão, contentamento, expectativa, desilusão. E depois esquecimento, contentamento, expectativa, desilusão. 
Benzadeus que a capacidade de nos regenerarmos não se esgota!

domingo, 8 de setembro de 2013

São estórias, senhores, apenas estórias

Untitled


Sábado. Sol. Saíra para almoçar com alguns amigos. Os sábados servem para quê, afinal? 
Entrou no restaurante combinado, à hora acordada. Feliz. De bem com a vida. De bem consigo mesma. Aproxima-se da mesa, onde já estão à sua espera. Repara nas crianças que a circundam. Que fofas. Algum dia terá as dela? Quando? Estará longe dessa vida?
As crianças sorriem-lhe, ela diz-lhes olá. Lembra-se de quando ela própria era uma criança e de como gostava dessa leveza de existir, apenas só porque sim. 
O pai chama-as. Ela olha para ele. Ela gela. Ao lado vê a mulher, percebe que as crianças são dele. Senta-se exasperada, receia movimentar o olhar. Estatifica na cadeira, não ousa respirar, não ousa olhar mais, não ousa acreditar na cena que vê, que nunca quis ver, que sempre rezou para que não visse. Aquele cenário não era dela. Nunca foi. Nunca será.

sábado, 7 de setembro de 2013

É isto, por agora

Aos 16 anos achava que ia casar. Na altura com o rapaz com quem namorava. Achava que ia casar de vestido e tudo. Achava que se me casasse tinha que ser para sempre. E dizia que o amava para sempre. Mas aos 16 eu não sabia bem o que era o para sempre. Os 30 anos para mim eram uma realidade tão longínqua que me via uma carcaça acabada com uma prole de duas ou três crianças à minha volta. Ainda assim, via-me feliz no meio dessa realidade.

Hoje sei que o para sempre é só um até já. Que a duração das coisas é só o tempo que quisermos. Que as coisas, ainda assim duram muito menos do que queremos que elas durem, mas aquelas que queremos que não durem nada, afinal até duram muito tempo.

A única coisa que tenho saudades dos meus 16 anos é do modo como via as coisas com uma ingenuidade e utopia muito boas. Mesmo sabendo hoje que as coisas não são como as supus (graças a deus!) também não as sabia tão secas e tão descrentes. É só isto.

Não era tudo tão mais fácil?


Se tivéssemos um botão ON/OFF localizado algures perto do nosso cérebro que fizesse com que as pessoas passassem à história logo após as coisas terminarem? Acabava-se e deligava-se. Ponto!

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

That´s it


Haverá por aí algum manual de instruções masculino? Já agora separado por faixas etárias, para facilitar a leitura? Agradecida!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Lá está, há quem se oriente sempre... com menos...

Fotos da Linha do tempo | via Facebook


Dizia-me um amigo meu que hoje em dia, no que respeita a relações, só não se orienta quem não quer.
Olhei para ele de esguelha, como quem diz: estás a querer dizer-me alguma coisa?
E ele diz: sim, acredito mesmo que só não se orienta quem não quer. Ah, mas tu queres mesmo apaixonar-te não é? (Como quem diz: tu podias estar muito bem orientada se não tivesses essa coisa de te quereres  mesmo apaixonar...)
Olhei para ele com um ar de quem não precisa de resposta e quando o vejo lado a lado com a namorada percebo perfeitamente que ele pense daquela maneira...

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Os amigos são aquelas pessoas que têm qualquer coisa que nos impede de ir para a cama com eles



É por isso que quando me dizem que uma relação deve começar sempre com uma grande amizade, eu torço o nariz. Quando travo amizade com um homem, ainda que seja solteiro e bom rapaz, custa-me acreditar que com o passar do tempo me venha a apaixonar por ele, se durante todo o tempo em que fomos amigos, fomos mesmo só amigos. Há qualquer coisa nos meus amigos homens solteiros que os torna infodíveis aos meus olhos. Não consigo acordar um dia e sentir-me a apaixonar-me por uma amigo que foi, desde sempre e apenas um amigo. 

Sei que pode parecer redutor, mas conheço muita gente que vê nas boas relações entre homens e mulheres uma oportunidade de investirem numa relação. Assim como assim, dão-se bem, partilham copos e confidências, gostam de conversar um com o outro e depois chegam à conclusão que se calhar está ali uma oportunidade para se relacionarem enquanto casal. Ora para mim as relações não são uma questão de oportunidade, assim como quem vai aos saldos e compra porque está barato. 

Confesso que até me faz confusão como é que vejo, cada vez mais, as pessoas começarem relações porque sim, porque já vai sendo tarde, já não há muito por onde escolher, porque até se dão bem. E mais curioso acho que as pessoas com quem já discuti esta questão e fazem-me crer que a minha postura não está certa, são as mesmas pessoas que acumulam relações falhadas com pessoas de quem eram amigas. Perde-se a dobrar, portanto o melhor é separar as águas. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa!

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

He´s just not that into you


Há muitas razões que explicam o porquê de ele não ligar. Ei-las:
- Não quer;
- Não lhe apetece;
- Não quer voltar a sair contigo;
- O problema é ele, não és tu;
- O Benfica está a jogar;
- Tem tanto trabalho que as 24 horas do dia não lhe chega;
- Não quer mesmo;
- Não lhe apetece mesmo, nem hoje nem amanhã. 

Esqueçam lá a falta de bateria, o telemóvel sem rede, o trabalho excessivo, o cão doente, a família com problemas, o calo no dedo do pé, o stress do trabalho, a depressão pós-divórcio, as enxaquecas, o carro sem gasolina, o jogo de futebol, os compromissos já marcados para todos os dias da semana e durante semanas seguidas. 

Ele não está assim tão interessado, ok? Seguindo em frente que atrás vem gente!

Disso das almas gémeas

it's much more difficult than it sounds. | via Tumblr


Acreditando em almas gémeas que não acredito, julgaria que fossem como está escrito em cima. Aquelas que julgamos serem nossas almas gémeas, a maioria das vezes são pessoas que não ficam connosco e que ficam guardadas sempre no nosso inconsciente. Raras são as pessoas que no final de vida se revêm uma na outra e chegam à conclusão: fomos mesmo almas gémeas.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

happiness !

A felicidade, seja lá o que isso for, é-nos dada no caminho. Desde que saibamos apreciar cada passo que damos. E ainda que muitos desses passos sejam dados para trás.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Yes, I should have...

Untitled


Que levante a mão, quem nunca chegou a casa com esta sensação. Seja pela aventura, por obstinação, por interesse, por romance, por fantasia, porque sim, ou porque não, haverá sempre aqueles dias, ou noites em que mais valia termos ficado em casa.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Um dia é da caça outro dia é do caçador

Não sou a favor de qualquer pressão que se faça nas pessoas para que elas sejam como o que é suposto (seja lá o que isso for). Não sou portanto a favor que as pessoas sejam todas magras porque magreza passou a ser beleza. Não sou a favor que as pessoas não optem por escolher o que querem vestir, o que querem dizer, o que pretendem sonhar.  

Há uma lei da física que diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo, o que significa que haverá sempre lugar para todos, sem que colidam. Ora se há lugar para todos, deveria haver lugar para todas as opções que as pessoas tomam, sem que estejam constantemente a ser questionadas por elas. 

Ora, no que ao estado matrimonial diz respeito, as questões e as dúvidas ficam sempre no ar. Ao ler este 'segredo' e os comentários que surgiram, não pude deixar de ficar surpresa com a quantidade de pessoas que se sente ou já sentiu anormal por não ter seguido aquilo que é suposto toda a gente seguir. Mas para que não restem dúvidas, deixo aqui algumas dicas que podem ajudar os mais curiosos:

- As opiniões são como as cuecas. Cada um tem as suas, embora por vezes possas estar verdadeiramente cagadas;
- O estar-se sozinho não é sinónimo de ser-se sozinho. 
- O estar-se sozinho pode bem ser a opção de muita gente e não precisam de o dizer baixinho, como quem confessa pudicamente uma cagada que fez;
- As pessoas casadas não são necessariamente chatas e os solteiros não são necessariamente porreiros. 
- A quantidade de solteiros que gostaria de se casar é proporcional à quantidade de casados que gostaria de estar solteiro;
- O instinto maternal não brota em todas as mulheres, mesmo nas mais saudáveis, e devemos estar todos gratos que essas mesmas mulheres o reconheçam;
- Se os amigos casados se referem aos 'outros' como encalhados, espere pelo divórcio deles que após isso voltarão a ser amigos;
- O casamento não é sempre um garante de felicidade. As pessoas por acaso divorciam-se porque estão cansadas de serem felizes?

Ora o importante nisto tudo são as escolhas e as oportunidades. Se escolher casar, case. Se escolher não casar, não se case. Se quer filhos, faça-os. Se não os quer, aproveite as 12 horas de sono. Se tiver oportunidade apaixone-se, nem que seja por si mesmo. Faça o que bem entender. 
Se ouvir piropos sobre encalhanços, solidão, olhares de piedade, críticas de merda, conselhos da maria, palmadinhas nas costas, lembre-se sempre da resposta mais eficaz: Fodam-se! Porque dê por onde der, digam o que disserem, um foda-se será sempre um foda-se. E cala muita gente. 

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Quando o Eu se transforma em Nós

Sou gaja muito individualista. Conjugo a maior parte das frases na primeira pessoa do singular. Eu gosto. Eu penso. Eu digo. Eu faço. Se as opiniões são minhas, são minhas, mesmo que mais alguém partilhe delas. Ora, a minha questão é a seguinte: porque é que assim que se dá o processo de apropriação entre duas pessoas (sobretudo entre macho e fêmea) as frases passam a conjugar-se na primeira pessoa do plural? Assim de repente, essa osmose fez com que passassem a ter apenas um boca? Uma opinião? Uma cabeça? Uma conta única nas redes sociais (ahahaha)?
Conheci casais que funcionavam assim:

- Então e que tal o restaurante XPTO? Gostas?
- Ah sim, gostamos muito.

- Queres ir ver uma exposição?
- Ah não dá. Nós não temos tempo.

Nós?

O único sítio onde eu gosto que 1 se transforme em 2 é no supermercado. Não me custa absolutamente nada levar em dobro o que eu gosto individualmente, mas é só isso! Mai nada! Esqueças lá essas tretas de serem a metade um do outro e que agora são um só e estão finalmente preenchidos e esses porno-romantismos todos. É lindo, mas não funciona. 



segunda-feira, 22 de julho de 2013

Viver no limiar de um orgasmo

Vivo basicamente no limiar de um orgasmo, que é como quem diz, vivo as coisas para elas me darem prazer. Seja no que for, seja com quem for. A única coisa que delimita as minhas decisões é a resposta à pergunta: O que me faz feliz? E isto continua a dar-me prazer?

Sei que estou prestes a fechar um ciclo, quando tudo aquilo que me rodeia deixa de me dar prazer, de me satisfazer. Já o faço por obrigação, porque tem que ser, porque não há mais nada para além daquilo que é.

E sei, no intimo e às vezes fora dele, que está na hora de mudar, da fazer acontecer, de me vir novamente...

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Há uma altura em que os casados voltam a entender os solteiros, a gostar de estar com eles, a fazer vida com eles... quando se divorciam.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

terça-feira, 16 de julho de 2013

A verdade é esta, senhores...


A verdade é esta, senhores. Quem nunca ouviu algumas destas pérolas, atire a primeira pedra.
Sobretudo se for bonita, magra e bem sucedida, ninguém, ouviu!, ninguém vai entender o porquê de estar sozinha. E não se atreva a dizer que é opção. A solteirice está para a mulher bonita como a feijoada está para os vegetarianos: pode ser tentador, mas não é para embarcar nessa. Comer a feijoada, tal como optar por estar sozinha, não pode ser opção. 

Se não tem um ar infodível, se não tem mau feitio, se não é intragável, mas continua sozinha, certamente já lhe arranjaram alguns argumentos: está a curar-se de um amor antigo, é muito esquisita, não dá oportunidades, é demasiado complicada, é muito exigente, and so on...

E mesmo que seja isto tudo, não desespere. O que não pode fazer é comer a feijoada errada...

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Só há uma coisa pior que uma mulher desesperada por amor. É uma mulher desesperada por amor que não disfarça. Nestas alturas não interessam afinidades, interesses, gostos, tesão, carinho, empatia. Basta que mexam...

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Mudam-se as idades, mudam-se as vontades!

Como reagimos à questão: Então e namorado?, na várias fases da nossa vida:

- Até aos 10 anos: Ca nojo!
Esta é a fase em que se descobre que somos biologicamente diferentes e tentamos descobrir o porquê.

- Dos 11 aos 20: Ihihihihihihihihihihihihih
Esta é a fase em que já descobrimos que somos biologicamente diferentes e tiramos partido dessas diferenças, tanto quanto podemos.

- Dos 21 aos 30: Caem das árvores que nem tordos!
Esta é a fase em que, mesmo sendo mentira, sabemos fazê-lo com os dentes todos que temos na boca!

- Dos 31 aos 40: humm....eh.....pois.....enfim......não tenho..
Esta é a fase em que rezamos para que não nos perguntem nada, para não termos que arranjar justificações minimamente coerentes.

- Dos 41 aos 50: IMPORTAM-SE DE NÃO ME PERGUNTAR ISSO, PORRA!
Esta é a fase em que vai tudo à frente. Aliás, se perguntarem, nós já não respondemos por nós!

- Dos 51 aos 60: Já não perguntam
Esta é a fase em que estamos mais preocupadas com a menopausa e com esta irritação que não sabemos explicar. O caso já foi dado como arquivado.

- Dos 61 em diante: ......................................................
Esta é a fase..................................................................

É uma canseira, senhores, uma canseira!

Suporta-se tanto um homem machista como uma mulher feminista. Os princípios são os mesmos mas o discurso é igualmente enjoativo. Já não há pachorra para o feminismo exacerbado das mulheres que tentam a todo o custo provar que são melhores que os homens. 

A nova vaga de feminismo já não implica só não rapar os pelos, pendurar soutiens e mostrar as mamas em manifestações, embora seja mais tolerável que um homem que ofereça a uma mulher um aspirador. 

De qualquer modo, esta nova vaga de feminismo acentua-se no trabalho e nas relações pessoais. Acredita-se agora que as mulheres não só podem como conseguem e querem viver sozinhas. O problema está em fazerem disso uma bandeira. Passados os trinta anos, aquelas que ainda estão sozinhas, sonham escondidas com o dia em que deixarão de estar, mas não o demonstram em nenhuma circunstância . Para elas e para o mundo inteiro, estar sozinha é que é bom, as coisas como elas querem, ninguém para as chatear. Isto seria interessante se comparado a alguma doutrina religiosa. Tirando aquelas que o fazem por devoção, promessa ou religião, as restantes querem é alguém com quem partilhar alguma coisa. 

Por outro lado, estar solteira é uma trabalheira do caraças (excepto para as devotas da solteirice). Ele é avaliar o mercado disponível, fazer a prospecção do melhor investimento, contabilizar riscos e por fim comprar as acções certas. 
Implica andar depilada, minimamente arrumada (essa coisa que sairmos de casa como quem sai da cama e encontrar o homem da vida, esqueçam! Só em filmes!), pensar no que dizer, como fazer. Sobretudo ter tempo e disponibilidade. E isto é desgastante, gente!

Portanto, quando acharem que uma solteirona tem vida folgada, esqueçam. É um trabalho a tempo inteiro, é um estágio mal remunerado e que, não raras vezes não nos leva a lado nenhum. É preciso investimentos, senhores, investimento. Mas não a qualquer custo.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Como sobreviver às festas dos filhos das suas amigas



Se está solteira e foi convidada para as festas de aniversário dos filhos das suas amigas, não desespere. Não há motivos para isso. Se lhe dá suores frios sempre que pensa que vai para lá duas horas mais cedo para ajudar a fritar rissóis e abrir a porta aos convidados com o cabelo a cheirar a fritos, respire fundo e aprenda a tomar o melhor partido da situação. Há sempre uma porta de saída. E não, não é a da rua. Não se atreva a uma desfeita dessas. 

Eis como pode tomar o máximo partido da tarde de sábado ou domingo:
- Leve um bloco de notas e um lápis. Hoje são elas, amanhã poderá ser você a delirar com conversas de cócós. Aproveite e reúna o máximo de informação possível. Como? Encoste-se a um grupo das suas amigas e ouça as conversas. Não se esforce por parecer invisível. Se não tem filhos é como se fosse, não lhe vão pedir opinião. Aponte as dicas todas que puder: cócós e suas tipologias, papinhas, viroses e mezinhas para as tratar, bolsados, fraldas e alergias, creches, birras, sonos, vacinas. Tudo, ouviu, tudo o que puder é para apontar. Ser-lhe-á muito útil no futuro quando lhe calhar a si. Lembre-se: tem uma boca e dois ouvidos, use-os em proporção. Ouça muito, mas opine pouco. Afinal você não sabe do que vai falar.

- Se por lá aparecerem amigos de amigos com filhos cumprimente-os com: ai que lindo(a). Tem uma boa mistura dos dois (mesmo que não se pareça ao pai nem à mãe). Deste modo não sai comprometida com ninguém e faz um figurino aceitável.

- Quando quiser uma pausa, peça para ir à varanda fumar um cigarro. Se não houver varanda vá à rua. Se chover leve um guarda-chuva. Se tiver companhia, leve-a consigo. Caso contrário vá sozinha, mas fume como se fosse o último cigarro da sua vida.

- Não fuma. Ok, não há problema. Vá até à sala e junte-se aos maridos que devem estar todos sentados no sofá, em fila, com uma mini na mão a ver TV. Se estiver a dar futebol, fique a ver na mesma. Não há-de ser assim tão mau. Aprenda o que é um penalti, um fora de jogo, uma falta, o nome dos jogadores. Já não sai dali ignorante.

Geralmente as festas não duram a noite toda. Quando vir que já está na hora, despeça-se cordialmente dos convidados. Saia. Pegue no carro. Vá até um café ou um bar e peça uma bebida. Desfrute-a. Num futuro próximo poderá passar para o lado de lá da barricada...

É o que é, ou pode ser, ou tem que ser




7 biliões de pessoas. SETE! No mundo inteiro. Aqui couberam 10 milhões. O que não é bom nem mau, mas deixa-nos espaço para respirar. Ora se somos 7 biliões de pessoas, sendo que 10 caíram aqui, porque será que é tão difícil encontrar UMA, apenas uma pessoa que encaixe connosco?

Diria que é mais fácil encontrar uma agulha num palheiro. Os mais cépticos acreditarão que a culpa recai sobre quem disso se queixa. Os mais carentes acreditam na falta de sorte. Os mais optimistas acreditam que nada acontece por acaso. Os mais esperançosos acreditam que há-de chegar o dia, é tudo uma questão de tempo. Os mais pessimistas acreditam que se desdobram em dois para não ficarem sozinhos. Os mais corajosos avançam sem medo, mesmo não sendo a praia que gostariam  de aterrar. 

O que é certo é que andamos todos à procura de alguma coisa: sexo, prazer, carinho, tesão, ego, fantasias... O que é mais certo ainda é que o caminho é sinuoso, com percalços. O viveram felizes para sempre é temporário. A oferta é muita (nem sempre a melhor), mas existe. A grande questão é colidir com a oferta certa. Não é o adquirir nas promoções. Não é ir ver o que sobra. Não é comprar barato o que jamais compraríamos caro. Nada disso!

E depois perguntam vocês: então do que te queixas? Exacto! Hei-de descobrir aqui, ou noutro lado qualquer e assim que tiver as respostas a todas as questões, respondo, como puder, como quiser, como me der na real gana!