quinta-feira, 11 de julho de 2013

É uma canseira, senhores, uma canseira!

Suporta-se tanto um homem machista como uma mulher feminista. Os princípios são os mesmos mas o discurso é igualmente enjoativo. Já não há pachorra para o feminismo exacerbado das mulheres que tentam a todo o custo provar que são melhores que os homens. 

A nova vaga de feminismo já não implica só não rapar os pelos, pendurar soutiens e mostrar as mamas em manifestações, embora seja mais tolerável que um homem que ofereça a uma mulher um aspirador. 

De qualquer modo, esta nova vaga de feminismo acentua-se no trabalho e nas relações pessoais. Acredita-se agora que as mulheres não só podem como conseguem e querem viver sozinhas. O problema está em fazerem disso uma bandeira. Passados os trinta anos, aquelas que ainda estão sozinhas, sonham escondidas com o dia em que deixarão de estar, mas não o demonstram em nenhuma circunstância . Para elas e para o mundo inteiro, estar sozinha é que é bom, as coisas como elas querem, ninguém para as chatear. Isto seria interessante se comparado a alguma doutrina religiosa. Tirando aquelas que o fazem por devoção, promessa ou religião, as restantes querem é alguém com quem partilhar alguma coisa. 

Por outro lado, estar solteira é uma trabalheira do caraças (excepto para as devotas da solteirice). Ele é avaliar o mercado disponível, fazer a prospecção do melhor investimento, contabilizar riscos e por fim comprar as acções certas. 
Implica andar depilada, minimamente arrumada (essa coisa que sairmos de casa como quem sai da cama e encontrar o homem da vida, esqueçam! Só em filmes!), pensar no que dizer, como fazer. Sobretudo ter tempo e disponibilidade. E isto é desgastante, gente!

Portanto, quando acharem que uma solteirona tem vida folgada, esqueçam. É um trabalho a tempo inteiro, é um estágio mal remunerado e que, não raras vezes não nos leva a lado nenhum. É preciso investimentos, senhores, investimento. Mas não a qualquer custo.

Sem comentários:

Enviar um comentário