sexta-feira, 26 de julho de 2013

Quando o Eu se transforma em Nós

Sou gaja muito individualista. Conjugo a maior parte das frases na primeira pessoa do singular. Eu gosto. Eu penso. Eu digo. Eu faço. Se as opiniões são minhas, são minhas, mesmo que mais alguém partilhe delas. Ora, a minha questão é a seguinte: porque é que assim que se dá o processo de apropriação entre duas pessoas (sobretudo entre macho e fêmea) as frases passam a conjugar-se na primeira pessoa do plural? Assim de repente, essa osmose fez com que passassem a ter apenas um boca? Uma opinião? Uma cabeça? Uma conta única nas redes sociais (ahahaha)?
Conheci casais que funcionavam assim:

- Então e que tal o restaurante XPTO? Gostas?
- Ah sim, gostamos muito.

- Queres ir ver uma exposição?
- Ah não dá. Nós não temos tempo.

Nós?

O único sítio onde eu gosto que 1 se transforme em 2 é no supermercado. Não me custa absolutamente nada levar em dobro o que eu gosto individualmente, mas é só isso! Mai nada! Esqueças lá essas tretas de serem a metade um do outro e que agora são um só e estão finalmente preenchidos e esses porno-romantismos todos. É lindo, mas não funciona. 



segunda-feira, 22 de julho de 2013

Viver no limiar de um orgasmo

Vivo basicamente no limiar de um orgasmo, que é como quem diz, vivo as coisas para elas me darem prazer. Seja no que for, seja com quem for. A única coisa que delimita as minhas decisões é a resposta à pergunta: O que me faz feliz? E isto continua a dar-me prazer?

Sei que estou prestes a fechar um ciclo, quando tudo aquilo que me rodeia deixa de me dar prazer, de me satisfazer. Já o faço por obrigação, porque tem que ser, porque não há mais nada para além daquilo que é.

E sei, no intimo e às vezes fora dele, que está na hora de mudar, da fazer acontecer, de me vir novamente...

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Há uma altura em que os casados voltam a entender os solteiros, a gostar de estar com eles, a fazer vida com eles... quando se divorciam.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

terça-feira, 16 de julho de 2013

A verdade é esta, senhores...


A verdade é esta, senhores. Quem nunca ouviu algumas destas pérolas, atire a primeira pedra.
Sobretudo se for bonita, magra e bem sucedida, ninguém, ouviu!, ninguém vai entender o porquê de estar sozinha. E não se atreva a dizer que é opção. A solteirice está para a mulher bonita como a feijoada está para os vegetarianos: pode ser tentador, mas não é para embarcar nessa. Comer a feijoada, tal como optar por estar sozinha, não pode ser opção. 

Se não tem um ar infodível, se não tem mau feitio, se não é intragável, mas continua sozinha, certamente já lhe arranjaram alguns argumentos: está a curar-se de um amor antigo, é muito esquisita, não dá oportunidades, é demasiado complicada, é muito exigente, and so on...

E mesmo que seja isto tudo, não desespere. O que não pode fazer é comer a feijoada errada...

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Só há uma coisa pior que uma mulher desesperada por amor. É uma mulher desesperada por amor que não disfarça. Nestas alturas não interessam afinidades, interesses, gostos, tesão, carinho, empatia. Basta que mexam...

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Mudam-se as idades, mudam-se as vontades!

Como reagimos à questão: Então e namorado?, na várias fases da nossa vida:

- Até aos 10 anos: Ca nojo!
Esta é a fase em que se descobre que somos biologicamente diferentes e tentamos descobrir o porquê.

- Dos 11 aos 20: Ihihihihihihihihihihihihih
Esta é a fase em que já descobrimos que somos biologicamente diferentes e tiramos partido dessas diferenças, tanto quanto podemos.

- Dos 21 aos 30: Caem das árvores que nem tordos!
Esta é a fase em que, mesmo sendo mentira, sabemos fazê-lo com os dentes todos que temos na boca!

- Dos 31 aos 40: humm....eh.....pois.....enfim......não tenho..
Esta é a fase em que rezamos para que não nos perguntem nada, para não termos que arranjar justificações minimamente coerentes.

- Dos 41 aos 50: IMPORTAM-SE DE NÃO ME PERGUNTAR ISSO, PORRA!
Esta é a fase em que vai tudo à frente. Aliás, se perguntarem, nós já não respondemos por nós!

- Dos 51 aos 60: Já não perguntam
Esta é a fase em que estamos mais preocupadas com a menopausa e com esta irritação que não sabemos explicar. O caso já foi dado como arquivado.

- Dos 61 em diante: ......................................................
Esta é a fase..................................................................

É uma canseira, senhores, uma canseira!

Suporta-se tanto um homem machista como uma mulher feminista. Os princípios são os mesmos mas o discurso é igualmente enjoativo. Já não há pachorra para o feminismo exacerbado das mulheres que tentam a todo o custo provar que são melhores que os homens. 

A nova vaga de feminismo já não implica só não rapar os pelos, pendurar soutiens e mostrar as mamas em manifestações, embora seja mais tolerável que um homem que ofereça a uma mulher um aspirador. 

De qualquer modo, esta nova vaga de feminismo acentua-se no trabalho e nas relações pessoais. Acredita-se agora que as mulheres não só podem como conseguem e querem viver sozinhas. O problema está em fazerem disso uma bandeira. Passados os trinta anos, aquelas que ainda estão sozinhas, sonham escondidas com o dia em que deixarão de estar, mas não o demonstram em nenhuma circunstância . Para elas e para o mundo inteiro, estar sozinha é que é bom, as coisas como elas querem, ninguém para as chatear. Isto seria interessante se comparado a alguma doutrina religiosa. Tirando aquelas que o fazem por devoção, promessa ou religião, as restantes querem é alguém com quem partilhar alguma coisa. 

Por outro lado, estar solteira é uma trabalheira do caraças (excepto para as devotas da solteirice). Ele é avaliar o mercado disponível, fazer a prospecção do melhor investimento, contabilizar riscos e por fim comprar as acções certas. 
Implica andar depilada, minimamente arrumada (essa coisa que sairmos de casa como quem sai da cama e encontrar o homem da vida, esqueçam! Só em filmes!), pensar no que dizer, como fazer. Sobretudo ter tempo e disponibilidade. E isto é desgastante, gente!

Portanto, quando acharem que uma solteirona tem vida folgada, esqueçam. É um trabalho a tempo inteiro, é um estágio mal remunerado e que, não raras vezes não nos leva a lado nenhum. É preciso investimentos, senhores, investimento. Mas não a qualquer custo.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Como sobreviver às festas dos filhos das suas amigas



Se está solteira e foi convidada para as festas de aniversário dos filhos das suas amigas, não desespere. Não há motivos para isso. Se lhe dá suores frios sempre que pensa que vai para lá duas horas mais cedo para ajudar a fritar rissóis e abrir a porta aos convidados com o cabelo a cheirar a fritos, respire fundo e aprenda a tomar o melhor partido da situação. Há sempre uma porta de saída. E não, não é a da rua. Não se atreva a uma desfeita dessas. 

Eis como pode tomar o máximo partido da tarde de sábado ou domingo:
- Leve um bloco de notas e um lápis. Hoje são elas, amanhã poderá ser você a delirar com conversas de cócós. Aproveite e reúna o máximo de informação possível. Como? Encoste-se a um grupo das suas amigas e ouça as conversas. Não se esforce por parecer invisível. Se não tem filhos é como se fosse, não lhe vão pedir opinião. Aponte as dicas todas que puder: cócós e suas tipologias, papinhas, viroses e mezinhas para as tratar, bolsados, fraldas e alergias, creches, birras, sonos, vacinas. Tudo, ouviu, tudo o que puder é para apontar. Ser-lhe-á muito útil no futuro quando lhe calhar a si. Lembre-se: tem uma boca e dois ouvidos, use-os em proporção. Ouça muito, mas opine pouco. Afinal você não sabe do que vai falar.

- Se por lá aparecerem amigos de amigos com filhos cumprimente-os com: ai que lindo(a). Tem uma boa mistura dos dois (mesmo que não se pareça ao pai nem à mãe). Deste modo não sai comprometida com ninguém e faz um figurino aceitável.

- Quando quiser uma pausa, peça para ir à varanda fumar um cigarro. Se não houver varanda vá à rua. Se chover leve um guarda-chuva. Se tiver companhia, leve-a consigo. Caso contrário vá sozinha, mas fume como se fosse o último cigarro da sua vida.

- Não fuma. Ok, não há problema. Vá até à sala e junte-se aos maridos que devem estar todos sentados no sofá, em fila, com uma mini na mão a ver TV. Se estiver a dar futebol, fique a ver na mesma. Não há-de ser assim tão mau. Aprenda o que é um penalti, um fora de jogo, uma falta, o nome dos jogadores. Já não sai dali ignorante.

Geralmente as festas não duram a noite toda. Quando vir que já está na hora, despeça-se cordialmente dos convidados. Saia. Pegue no carro. Vá até um café ou um bar e peça uma bebida. Desfrute-a. Num futuro próximo poderá passar para o lado de lá da barricada...

É o que é, ou pode ser, ou tem que ser




7 biliões de pessoas. SETE! No mundo inteiro. Aqui couberam 10 milhões. O que não é bom nem mau, mas deixa-nos espaço para respirar. Ora se somos 7 biliões de pessoas, sendo que 10 caíram aqui, porque será que é tão difícil encontrar UMA, apenas uma pessoa que encaixe connosco?

Diria que é mais fácil encontrar uma agulha num palheiro. Os mais cépticos acreditarão que a culpa recai sobre quem disso se queixa. Os mais carentes acreditam na falta de sorte. Os mais optimistas acreditam que nada acontece por acaso. Os mais esperançosos acreditam que há-de chegar o dia, é tudo uma questão de tempo. Os mais pessimistas acreditam que se desdobram em dois para não ficarem sozinhos. Os mais corajosos avançam sem medo, mesmo não sendo a praia que gostariam  de aterrar. 

O que é certo é que andamos todos à procura de alguma coisa: sexo, prazer, carinho, tesão, ego, fantasias... O que é mais certo ainda é que o caminho é sinuoso, com percalços. O viveram felizes para sempre é temporário. A oferta é muita (nem sempre a melhor), mas existe. A grande questão é colidir com a oferta certa. Não é o adquirir nas promoções. Não é ir ver o que sobra. Não é comprar barato o que jamais compraríamos caro. Nada disso!

E depois perguntam vocês: então do que te queixas? Exacto! Hei-de descobrir aqui, ou noutro lado qualquer e assim que tiver as respostas a todas as questões, respondo, como puder, como quiser, como me der na real gana!