domingo, 21 de setembro de 2014

Será pedir muito?

Eu sei que é difícil entender uma mulher. Por isso mesmo, nada melhor que uma mulher para entender outra. Não há melhor. Tenho pena até que os homens não venham com um chip qualquer feminino para nos entenderem tal e qual como queremos que eles nos entendam.

Quando desabafamos que nos sentimos sozinhas, que estamos stressadas, que não estamos felizes com alguma coisa, respostas como -  estás sozinha porque queres! Stressas porque queres! Estás infeliz porque queres! -  NÃO são válidas!!!

Se eu desabafar isto com outra mulher, nós vamos estar ali a esmiuçar a questão até ao tutano. Então mas o que se passa? E porquê? E como? E quando? Até podemos não chegar a conclusão nenhuma, mas carpimos tudinho até nos cansarmos. Nenhuma mulher amiga me vai dizer que estou assim porque quero!

Ora os homens também podiam vir com esta capacidade de questionar muitas coisas e depois ficar a OUVIR! Sim, ouvir com atenção. Ouvir sem dizer hum hum de 2 em 2 minutos e a fazer zapping!

Isto é difícil?
Eu acho que é coisa capaz de ser possível.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Madura, mas não a cair de madura...

10Lexeis


Eu não gosto de envelhecer. Minto. Eu tenho pavor de envelhecer. E tento fugir disso a todo o instante, mas o tempo apanha-me todos os dias e o espelho começa a refletir aquela ruga que teima em aparecer, os cabelos brancos que se multiplicam, o metabolismo que está preguiçoso e perder um quilo é obra de santa engrácia. 

Por tudo isto mantenho o meu estilo muito informal, muito' estou-arranjada-mas-só-o-que-me-é-confortável' para, ainda assim me conseguirem dizer: 32? Não diria mesmo! 
Só preciso de continuar a ouvir isto. E pintar o cabelo também. E começar a sorrir para o lado direito porque a minha ruga da esquerda está vincada porque sorrio bem mais para a esquerda. 
Ando a adiar investir num bom anti-rugas porque só o rótulo me dá arrepios na espinha. 
Tudo, a partir de agora vai passar a correr. E eu à espera que ainda me aconteçam muitas coisas boas na vida antes de esgotar o stock de tinta para o cabelo.

Bom, mas isto para dizer que enquanto corro contra o tempo, enquanto faço o possível para me continuarem a dizer 32? A sério? vejo que as miúdas de vintes e poucos andam cheias de pressa de serem gente grande. E pela maneira como desfilam convencem qualquer um. Ele é todo um outfit de roupa, acessório e maquiagem que põem a um canto os vinte e poucos anitos. Elas é de copo de vinho na mão, num grupo de amigas todas iguais, que acabaram de se vestir umas para as outras, conversando muito seriamente de coisas que elas se julgam bastante entendidas (oh já por lá passei, sei como é!). Depois, lá se descaem nos propósitos de parecerem grandes quando continuam a babar pelo sexo masculino que as veio cumprimentar, pela quantidade de fotos que tiram, pelos elogios forçados umas às outras, num grito estridente do 'Estásssssssssss tãooooooooooo giraaaaaaaaaaaaaaa! E por aí adiante. 

Para mim é só muito bom assistir. Mesmo que no finalzinho me faça sentir velha. Porque com menos 10 anos eu não repararia nestas coisas e estaria numa figura um tanto ou quanto parecida! 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Banksy


O que mais me chocou este verão não foram as fotos de pés na areia, nem da quantidade de bolas de berlim que as pessoas comem na praia, nem os quilos de celulite que vi a passear, nem as procissões depois do jantar para ir ao cafezinho. Foi mesmo a quantidade de casais que, jantando juntos, cada um está na sua vida a ver o seu telemóvel, sem trocarem uma palavra. Qué isto?!?

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A ver vamos...

Deixei este blog ao abandono quando percebi que quase deixei de ter opinião (que mereça ser escrita) sobre as coisas. Não sou uma fundamentalista daquilo em acredito, mas cada vez ponho mais em causa se aquilo em que acredito será o mais certo, o mais sensato, o que me fará mais feliz.
Tenho saudades daqueles dias em que acordava cheia de certezas. Pensava em alguma coisa e apetecia-me escrever sobre ela, ou porque a vivi ou porque e vi ser vivida.
Isto para dizer que cheguei à centésima mensagem deste blog e gostava mesmo de escrever qualquer coisa que merecesse a atenção dos meus dois leitores (mais coisa menos coisa) e só este desabafo me sai.
Agora que chegou setembro, vou tentar ser mais assídua (fazia-me bem vir aqui exorcizar qualquer coisa) e puxar de novo pelas coisas que me apetecia dizer. Tentarei, pelo menos!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Ecards | via Tumblr

Eu juro que não volto a ter um desgosto de amor só para não cair na tentação de ouvir Adele e cortar os pulsos. Ela faz músicas mesmo só para isso, certo?

terça-feira, 1 de julho de 2014

Dúvidas, só dúvidas...

Quotes


Um dia, quando tiver muita paciência, vou colecionar todos os conselhos de felicidade que as pessoas me vêm apregoar aos ouvidos. Só tenho uma dúvida. Esses conselhos são mesmo para mim ou há uma tentativa de verbalizar aquilo que não resultou com as próprias, mas que acham piamente que resulta com os outros?

segunda-feira, 23 de junho de 2014

O bom destes dias de chuva é que abafam os pólens na rua e eu passo a espirrar apenas 100 vezes por dia. Melhor ainda é que não tenho que gramar com fotos de pés na areia do pessoal. Eu não queria dizer nada, mas a maior parte das pessoas tem pés horríveis (não gosto de pés, ok). Fotografar e publicar é só um martírio para quem está deste lado. Consigo gramar melhor as fotos das bolas de brelim enfiadas entre o polegar e o indicador.
Era só isto. Tinha que tirar algum consolo dos dias de chuva.

domingo, 22 de junho de 2014

Dizer ou não dizer. Ir ou não ir. Fazer ou não fazer. Decidir ou não decidir. Pensar ou não pensar. Ter coragem ou não ter. Chatear-me ou deixar andar. Procurar ou deixar que me encontrem. Chorar ou engolir as lágrimas. Ter saudades ou afogá-las. Ando cheia de dúvidas. É isto, só dúvidas!

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Não sei se alguma vez conseguirei perceber o que me faz realmente feliz. E temo que o tempo passe por mim e eu demore uma vida inteira sem entender, sem chegar lá. Detetei em mim um comportamento padrão que me define e que não sei se é bom ou se é mau, mas é cansativo. Aprendi desde cedo a fugir. Eu sou perita em fugir. Se vejo que alguma situação pode complicar, me pode ser desfavorável ou me fazer infeliz, eu convenço-me disso e corro. Senhores, se corro! Não olho para trás. Depois páro e penso, Ok já está.
Agora que faço esta análise vejo este comportamento repetidas vezes.
Não sou uma pessoa convencional. Não vejo só o que se me apresenta. Não sigo padrões. Só os meus.
Durante muito tempo achei que não era suficientemente feliz porque não fazia o que todos esperavam que eu fizesse. Sozinha por circunstância, por falta de sorte e por opção, achei sempre que ma faltava algo. Que me faltava a convenção social do must have uma carreira, um marido e filhos. Não construí uma carreira, faço o que gosto. Não casei e não procriei. Apaixonei-me várias vezes e de coração aberto. Nunca imaginei vida ao lado de nenhum deles, embora fizesse um esforço para isso. Embora tivesse querido. E embora tivesse acreditado que a minha vida plena de felicidade estava ali.
Hoje apetece-me fugir de novo. Não de nada nem ninguém em especial, mas percebo que o mundo é enorme e está cheio de oportunidades. Mas eu não conheço o mundo inteiro e quero muito.
E por isso chego à conclusão que o que me apetece mesmo fazer é fugir pelo mundo. É sair desta vidinha, do trabalhinho, das pessoínhas e de tudo que me rodeia e que não me faz sentido nenhum.
E sei que antes de atracar no porto certo, eu tenho que conhecer mundo, tenho que me descobrir algures, de sentir o que me faz feliz. E por mim ia já amanhã...

segunda-feira, 28 de abril de 2014


Invariavelmente perguntam-te uma imensidão de coisas que se prendem com pormenores. Com a necessidade de teres que colocar um nome às coisas para que elas possam fazer sentido. 
O problema não está nas questões que te colocam, mas por favor, comecem a fazer as questões certas. 
Estás feliz? É a primeira, única e derradeira questão que realmente importa. 

domingo, 20 de abril de 2014

Senhor este ano não pequei... Não comi carne sexta-feira santa

Not Only Photos Set13

A outra metade da laranja...

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Um dia vendem-nos a ideia de que a metade da laranja é o pedaço que nos falta para sermos felizes. E que a eterna busca pela metade de nós, nos fará mais completos.
Eu sou uma romântica no que toca às crenças no amor. Não sou uma romântica 'clichezada', mas sou uma romântica que acredita verdadeiramente no entendimento e no amor entre duas pessoas...inteiras de preferência. 
Quer isto dizer que procurarmos a nossa metade, nos reduz a outra metade. E nós não somos só metade. Nós somos inteiros. Cheios de coisas boas e coisas insuportáveis para oferecer a alguém igualmente inteiro que esteja disposto a aturá-las. 
Esta estória da metade da laranja causa-me algum arrepio. Não estranho existir tanta gente por aí a sentir-se incompleta. Pudera! Convenceram-se que a felicidade se consegue pela outra metade!
Nada mais redutor! Nada mais simplório! 




segunda-feira, 24 de março de 2014

E depois com o tempo...

E depois com o tempo vais percebendo que afinal não há pressa nenhuma em viver. Que aquilo que julgas que te faz feliz não é o sítio onde queres chegar, mas o caminho que tens que fazer para lá chegares. E isso aprendes agora com a arte e manha de quem nunca gostou de esperar, mas que aprendeu a tirar o melhor partido da espera. 
E com o tempo vais percebendo que as receitas mágicas de felicidade se calhar não funcionam contigo, embora andasses a convencer-te que sim, que aquilo é que seria. 
E com o tempo vais percebendo que não dançarás apenas ao som da tua música e terás que aprender a dançar outras coisas e ainda assim não faz mal, emborcas mais um copo de vinho e siga. 
E com o tempo vais aprendendo a policiar as tuas emoções e a controlá-las porque percebes que às vezes é preciso amar devagar e tu não gostas e não sabes amar devagar, mas aprendes.
E com o tempo vais aprendendo a discutir sentada e a ouvir o que têm para te dizer. E percebes que tu, que tens sempre tanto para dizer, também sabes ficar calada, embora com a tua razão. 
E no final da noite aprendes, o quão bom é perceberes que aprendeste um bocado mais, que partilhaste um bocado mais, que desiludiste um bocado mais e ainda assim, consegues amar mais. 

Era isto!

domingo, 16 de março de 2014

Só sei amar assim, de forma histérica, a arrancar cabelos e a rir ao mesmo tempo...

Dizia a Rita Ferro ontem no Alta Definição que só sabe amar de uma forma histérica e eu pensei, ó minha querida, se eu te entendo! Não concebo outra forma de amar senão uma forma histérica e arrebatadora de quem se dispõe a viver e a morrer por amor. É triste, só posso dizer que é triste porque tudo aquilo que se sente na pele, nas melhores e nas piores emoções, dá vontade de arrancar cabelos e sair porta fora, e voltar e saltar para cima e insultar e beijar ao mesmo tempo. É um misto de felicidade e medo da infelicidade, é o voltar a ter fé e a agradecer a benção e ao mesmo tempo é o rezar para que não acabe. É tudo junto, tudo em demasia.
Tudo demasiado grande, demasiado intenso, demasiado tudo. E por mais que seja lindo e magnifico viver assim, dá trabalho e agonias e vontade de chorar porque tanta felicidade não cabe em mais lado nenhum.
E se sabes de antemão que terás que te despedir, então começas a sofrer hoje, agora e já! e percebes que não saberás nunca amar de outra maneira. E também não queres!

quinta-feira, 6 de março de 2014

Por via das dúvidas?!?

É certo e sabido que nos unimos todos pelas afinidades que criamos com os outros. Não tenho dúvidas que em determinados momentos das nossas vidas nos faz mais sentido estar com umas pessoas do que com outras.
O que me irrita é que as afinidades das pessoas se moldem por critérios que deveriam ter pouca importância. Não discuto opiniões, mas custa-me a crer, como li algures, não interessa onde, que é importante termos um casal perfeito para acompanhar os programas de outro casal. Assim um BFF em modo casal.
Então e eu pergunto o que é feito do resto das pessoas? Deixam de ter afinidades porque não têm ninguém? Porque é chato convidar só um para jantar (até acho mais económico e tudo)? Porque os que estão solitários (não sozinhos) não se adequam aos programas a dois?
Compreendo e aceito que a vida muda, mas os amigos não. E são eles que lá estão quando por um azar da vida voltamos a estar sozinhos.
Não se exclui os amigos homossexuais se somos hetero, nem os amigos pretos se somos brancos, nem os amigos benfiquistas se somos sportinguistas, certo?

Era só para confirmar.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

A essência

:)


- O que se faz com um desgosto de amor?
- Sentas-te e esperas que passe.
- Quanto tempo terei que esperar?
- O tempo suficiente para que todos os pedaços estejam colados.
- O tempo suficiente é muito?
- Vai parecer-te uma eternidade.
- E o que faço enquanto espero?
- Esperas apenas. Saberás quando sair da cadeira.
- E o que vou sentir quando me levantar?
- Vais-te sentir livre. E vais sentir medo.
- Se sentir muito medo posso voltar a sentar-me?
- Por mais medo que sintas, nunca mais te vais querer voltar a sentar.

Porque a capacidade de amar não se esgota. Morre em nós, se o quisermos. 

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Gostaria que a minha cabeça não me denunciasse. Gostaria que a minha perspicácia não me apanhasse na curva. Gostaria que a minha inteligência não fizesse antever as coisas como elas são. Gostaria que as minhas expetativas fossem reduzidas a nada. Gostaria de conseguir, sempre que me levanto, voltar a ser realmente feliz. E isso é um caminho tramado...

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

As pessoas perguntam por cortesia se está tudo bem. Nós respondemos, por cortesia que sim, que está tudo bem.

É tão bonito quando praticamos a cortesia...

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

As pessoas beges

As pessoas beges são aquelas pessoas que vão bem com tudo. O bege vai bem com tudo aliás. Para elas está tudo bem. Tanto lhes faz que faça sol ou chuva. Que o filme seja bom ou mau. Que a comida esteja temperada ou insossa.
As pessoas beges são pessoas assim-assim. Não se comprometem com nada. Gostam de tudo. Falam num tom de voz nem muito alto nem muito baixo. Tudo é superficial. Dizem que sim a quem têm que dizer que sim e não a quem têm que dizer que não. E vão vivendo a vidinha, que desde que haja saúdinha é o que é preciso e tudo bem.
Às pessoas beges falta-lhes cor. Mais que não fosse o preto ou branco, mas o bege...

sábado, 18 de janeiro de 2014

O que tiver que ser, será...

Não há nada que me deixe mais desconfortável que esta certeza que o que tem que ser será.  Quando penso nisto, a primeira coisa que me apetece é baixar os braços e ficar à espera do que quer que seja.
Hoje, ao dar uma olhadela no meu facebook, reparei numa homenagem a uma pessoas que morreu e que por acaso eu até conhecia. Mal, mas conhecia. Quando soube que morreu num acidente de trabalho, numa queda tão estúpida quanto de irreal penso que esta merda do tem que ser, será, é mesmo assim. E isso petrifica-me. Chateia-me que a vida seja isto e apenas isto. Fiquei angustiada, triste e fartei-me de chorar por uma pessoa que mal conhecia. a vida já não lhe era fácil e o presente que lhe dão é partir assim, num dia como qualquer outro, numa cena estúpida.
E sei que há milhares de pessoas nestas circunstâncias, mas a minha sensibilidade orienta-me mais para umas coisas do que para outras.
E hoje estou assim, a partilhar da minha companhia e a pensar que queira eu o que quiser, o que tiver que ser, será... e eu não poderei fazer nada...


sábado, 11 de janeiro de 2014

I´m back- Post que devia ter saído a dia 3 ou 4 e ficou nos rascunhos sei lá eu porquê!

Ausentei-me uns dias antes de 2013 terminar e mais outros depois de 2014 começar. Tive um final de ano muito atribulado, com pouco tempo e nenhuma disposição para escrever. Mas em bom, acabou bem, em época de transição.
Não fiz planos para 2014, nem desejos, nem expetativas, nada de nada. Entrei em 2014 uma hora mais cedo (Berlim tem uma hora a mais que Portugal) e achei que poderia ser um sinal de que pode bem ser o ano em que comece a descobrir as coisas mais cedo e que as boas, realmente boas coisas cheguem com pouca demora.
Depois disso só quero um ano recheado de amor e viagens. E que regresse a inspiração de continuar a escrever sobre todas as cidades sem sexo ou com sexo que existam por aí.
Embora tarde, desejo a todos os que me leem um ótimo 2014.

Porque acordar sozinha também é isto

Uma pessoa anda doente, que anda. Uma tosse cavernosa que fez com que bebesse mais chá de limão com mel em dez dias do que o ano passado todo. Vick no peito e nos pés e roupa quente. Meia cebola cortada junto à cama (diz que faz bem, mas mal também não fez). Uma pessoa anda neste estado mas até falava com voz de gente. Uma pessoa acorda de manhã, apronta-se e vai à rua tomar um café e quando pede um café depara-se com uma voz de bagaço que não sabia que tinha. Uma pessoa não diz Bom dia a ninguém. não atendeu telefones nessa manhã, nem falou sozinha e descobre, a pedir um café que está com uma voz de merda.
Viver sozinha também é isto.