sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

1103



A ti, que achas que por falares muito, o que dizes é importante. A ti, que gabas a frontalidade que aspiras porque te sai da boca aquilo que o cérebro teima em não filtrar. A ti, cuja indignação não passa das redes sociais. A ti, que dás festas ao ego para que ele te admire sempre. A ti que tens argumentos fáceis, mas tão fáceis que se te perguntam porquê só grunhes. A ti que achas que o mundo todo está cheio de gente feia, mas tu és especial. A ti caríssimo, gostaria de te lembrar que dizeres o que pensas não é frontalidade, é só ordinarice. Que o que tu pensas, todos os grunhos com um copo de cerveja à frente reproduzem. Que a vida não é só preto e branco. Que o que tu pensas é teu e de mais ninguém. E aqui - Ámen -, agradecemos todos.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A minha capacidade de me surpreender não se esgota e eu vivo feliz com isso. Há pessoas absolutamente fantásticas que tenho e tive o prazer de conhecer, e mesmo não conhecendo pessoalmente,  que se dispõem a ajudar e a fazer pelos outros e eu penso, meu deus, mas ainda há disto?
Sempre acreditei que devemos dar às pessoas aquilo que elas realmente necessitam, ainda que para isso tenhamos que nos adaptar todos os dias. E isso dá trabalho, sim, dá muito trabalho, mas é tão compensador.
Vou sair deste ano com uma energia fantástica apesar de todas as mudanças e de todas as portas que fechei. Continuo a acreditar que todos os dias abro portas novas e que um dia abrirei a minha. E nesta questão karmica do dar e receber, acredito em absoluto que dar é tão melhor.
Não tenho tido tempo para nada, mas o pouco que tenho está a ser gasto com gente fresca, nova e apesar de tudo, de bem com a vida. E isto basta-me.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Escrevia mais e melhor quando andava melancolicamente fodida com a vida.
As coisas continuam iguais, mas eu decidi olhar para elas de maneira diferente. Bastou mudar o ângulo. Para mais, não tenho tido tempo para escrever. E ler, só as legendas da televisão. Shame on you MC!

domingo, 8 de dezembro de 2013

Dos sítios com fama

Hoje de manhã fui pequeno-almoçar com um grupo de amigos que já não via há algum tempo. Chegámos ao sítio combinado e estava à pinha, com gente à espera para entrar. Espera, não espera, lá arranjámos mesa para sete pessoas e um bébé.
O espaço está engraçado, bem localizado e come-se bem, mas tenho que dar razão ao meu amigo que me diz que os espaços ganham fama quando são frequentados por gajos que usam óculos da avó.
Não consigo tirar esta ideia da cabeça e já me fartei de rir com a associação de quem faz o espaço: se ele mesmo, se apenas as pessoas, se a conjugação entre ambos.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O antes só... já era

Alone


Estar-se sozinho hoje em dia, mais do que uma circunstância, é uma fatalidade. Mas para os outros.
Os outros não te perdoam que estejas sozinho e mesmo se isso fosse uma opção tua, uma coisa que traçaste para ti, os outros não deixam. Não evitam olhar para ti como se tivesses um sério problema, como se a tua opção fosse uma doença, embora eu não saiba porque é que efetivamente constitui um problema para os outros.
Acontece que quando não é opção, mas é circunstancial, tu próprio te sentes mal com a questão: e novidades? Porque aquilo que realmente querem saber de ti é onde trabalhas o com quem casaste. Se és feliz com as tuas opções, se te sentes realizado, se convives bem contigo, isso são meros acessórios. Até a pergunta: então, tudo bem?, vem carregada de esperança que tu digas que finalmente casaste e fizeste um filho. Depois perguntar-te-ão quando vem o próximo e depois o próximo até esgotarem as possibilidades e ficarem à espera que te comeces a queixar das mazelas da idade.
A nossa vida custa muito aos outros e as nossas opções custam ainda mais.
Se fores gira e inteligente perdoar-te-ão menos, porque também compreenderão menos.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Estou viva! Alegre, contente e imensamente cansada. Não tenho cérebro para escrever mais de duas linhas nem para produzir ideias a não ser que mas peçam. Espero retomar o meu estado pacífico para poder continuar a escrever nesta cidade sem sexo.