domingo, 29 de setembro de 2013

É isto, só isto

Se há coisa que me consome os nervos, me tira do sério, me dá vontade de me esmurrar a mim mesma é saber hoje, como soube ontem e  como saberei amanhã, que perdi tempo. Muito tempo. E muito tempo da minha juventude. Irrita-me que tenha sabido tantas e tantas vezes que estava a tomar a opção errada e nunca fiz o suficiente, o que deveria ter feito para parar. Irrita-me que hoje ainda me irrite. 
Não gosto de me decepcionar, sobretudo comigo que sei sempre sempre para onde não quero ir, onde não quero estar e o que não quero fazer. E mesmo sabendo disto tudo, insisti. E perdi tempo. Já disse que odeio perder tempo não já? 
Odeio ainda mais o que os outros levam de mim. E levam, muitas vezes, o melhor de mim, que só sei dar o melhor. Hoje estou seca. Sequei. E não sei se me restará alguma coisa para dar. Acho que já não tenho nada para dar. 

Dedicado à minha amiga K. 

Of course not...



i´m so much better that you can´t handle it

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Voltou a apetecer-me

Voltou a apetecer-me fazer scones. Voltou a apetecer-me aninhar-me no sofá com uma manta. Voltou a apetecer-me fazer zapping. Voltou a apetecer-me encher a prateleira com livros novos e lê-los ao som da chuva. Voltou a apetecer-me ir ao cinema ao fim de tarde e comer pipocas acabadas de fazer. Voltou a apetecer-me calçar botas e vestir casacos compridos. Voltou a apetecer-me banhos quentes e castanhas assadas. Voltou a apetecer-me isso tudo e já há muito que me apetece fazer isso com companhia...

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Disto dos casamentos e tal

Os meus amigos não casam. Juntam-se e está tudo bem. A outra metade dos meus amigos não se junta e está tudo bem na mesma. Isto para dizer que nos últimos anos só fui a 2 casamentos. Um deles de uma amiga minha e outro do meu semi-irmão.
Antes de fazerem três anos de casados a minha amiga separa-se. O meu semi-irmão não chegou a completar um ano.
Conto isto a uma amiga minha e quando acabo de contar calo-me e ela também se cala.
Pergunto a medo: será que eu sou a agoirenta dos casamentos?
Ela responde: 'Estava a pensar nisso, mas não quis dizer'. E desatamos as duas a rir à gargalhada.

Tão cedo não aceito convites para casamentos!

Às vezes um cigarro não é só um cigarro


Quantas estórias não se escondem por trás de um cigarro fumado? E de uma garrafa quase vazia?
(esta cor de cabelo quase podia ser a minha!)

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Eu quero foder!




Não dá. Não consigo parar de rir com esta cena. O ar dela é impagável. O dele nem se fala!

Falta tudo, falta o resto...

As diferenças | via Facebook

Continuo a achar que os opostos não se aturam, mas quando me refiro a opostos estou a referir objectivos de vida, valores, sonhos, planos. Não se refiro a sermos diferentes porque não temos o mesmo clube, não ouvimos a mesma música, não gostamos da mesma cor, não lermos os mesmos livros. Isso faz parte das peças do puzzle, agora o resto... o resto é que importa. E é esse resto que faz toda a diferença.

Gosto

Resultados da Pesquisa de imagens do Google para http://meustracos.files.wordpress.com/2012/01/tumblr_lfa3jmohbd1qdtch1o1_500_large_large.jpg

Gosto de ter razão, mas gosto que me cales com bons argumentos. Gosto que me surpreendas nas pequenas coisas. Gosto que estejas seguro de ti e de mim, quando eu não estiver. Gosto que sejas maior que eu para que caiba dentro do teu abraço e me ponha em bicos de pés quando te beijo. Gosto quando me mimas sem que eu esteja à espera. Gosto que puxes por mim e me digas que sou capaz. Gosto que te rias das minhas parvoíces. Gosto que gostes das minhas parvoíces. Gosto que me acordes de manhã com inspiração divina. Gosto que me cales com beijos. Gosto que me ponhas no lugar. Gosto que me faças rir. 

Aponta, quem quer que sejas! 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

É tudo por agora!

Ter um espaço onde possa exorcizar as minhas merdas é do melhor que há. Não resolve nada, que não resolve, mas ao menos chego aqui e escrevo e às vezes nem releio e vai de postar o que me apetece.

Deste blog ninguém praticamente sabe até porque não entenderiam metade das ironias que aqui ponho, mesmo que o assunto seja sempre mais ou menos o mesmo. Para outras coisas tenho outro blog que, enfim, puxa mais ao sentimentalismo e onde me dá para escrever outras tretas que ainda assim também não interessam a ninguém .

A verdade é que aqui relato coisas que me lembro, que me fazem sentido, que não me fazem sentido nenhum, estórias que não são minhas, mas podiam ser, estórias de gente perto de mim, estórias que não existem em lado nenhum, mas na minha cabeça existem.

Mais a mais venho aqui escrever porque nem sempre posso dizer às pessoas aquilo que acho realmente, e sendo este um espaço onde me apraz falar sobre relações e ralações e porque acho que há algumas que são uma verdadeira tortura, mas ninguém fala disso eu prefiro também não falar e somos todos felizes e contentes. Ora lá só porque não falo não significa que ainda assim me cale!

Portanto este espaço sendo tão meu é ainda assim tão vosso (queridos três leitores que me leem, mais coisa menos coisa), que não me conhecendo não reviram certamente os olhos ao que eu às vezes tenho a ousadia de dizer e pasme-se! Pensar!

É tudo por agora!

Destas coisas

Borboletas na barriga. Hoje voltei a senti-las. Assim uma sensação estranha, desconcentração total, tremores nas pernas, fraqueza de pensamento. Não sei como fui deixar que isso acontecesse, como não me lembrei que poderia voltar a acontecer. Julgava que já tinha aprendido tudo, já tinha tirado partido da lição de casa, mas pelos vistos não. Quando menos esperamos volta a acontecer.
Vinha para casa a pensar nisto e fez-se luz. Com tanta merda para fazer hoje, estava há horas sem comer...

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Pensamento do dia #2


Nunca teve uma daquelas noites em que não lhe apetece sair, mas o seu penteado está perfeito demais para ficar em casa?
Jack Simmons

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Pensamento do dia #1

Os solteiros deviam pagar muito mais impostos. Não é justo que alguns homens sejam mais felizes do que outros em tudo.
Oscar Wilde


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Going on a date

Quando te decides  a embarcar num encontro fresquinho, depois de muito tempo de pausa para café:


Zooey Deschanel


Quando começas a pensar como será:
Janie*

Como esperas que acabará um dia, se correr tudo muito bem:

(8) Tumblr

Como esperas que continue:
We used to be inseparable . | via Tumblr

E depois pode ser isto:
:'(


Ou não. Ou não...



sábado, 14 de setembro de 2013

Sim, às vezes somos dificeis

Cover Photos

Às vezes digo que não, mas quero dizer que sim. Às vezes respondo que estou ótima quando me sinto uma merda. Às vezes não digo nada com vontade de dizer. Nos dias críticos não respondo por mim. É este o meio método de compensação. 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

As you wish

Effy | via Tumblr



Não tenho pachorra nenhuma para os argumentos que apelam às novas fases. Ah isso é só uma fase. 
- As coisas no trabalho não estão muito bem.
- Ah isso é uma fase, depois passa.
- Sinto-me estranha, irritada, já não suporto gente.
- Não te preocupes é só uma fase, depois passa.
- Tou capaz de te partir os dentes com essa merda de argumentos.
- Não te preocupes, é só uma fase, depois passa..

Foda-se!

Muda o ano, é uma nova fase, muda a estação é uma nova fase, fazes anos, é uma nova fase, casas, é uma nova fase. Porra eu sei que tudo é passível de ser uma nova fase, mas caramba, não é porque as coisas mudam de fase que serão necessariamente melhores ou piores. São e pronto. Descredibilizar o que os outros dizem ou sentem com o argumento que é só uma fase é das coisas mais irritantes que me podem pôr a ouvir. 
We Don’t Meet People By Accident. They Are Meant To Cross Our Path For A Reason.. | DEEP DUTTA'S BLOG


E depois há ciclos assim: contentamento, expectativa, desilusão, contentamento, expectativa, desilusão. E depois esquecimento, contentamento, expectativa, desilusão. 
Benzadeus que a capacidade de nos regenerarmos não se esgota!

domingo, 8 de setembro de 2013

São estórias, senhores, apenas estórias

Untitled


Sábado. Sol. Saíra para almoçar com alguns amigos. Os sábados servem para quê, afinal? 
Entrou no restaurante combinado, à hora acordada. Feliz. De bem com a vida. De bem consigo mesma. Aproxima-se da mesa, onde já estão à sua espera. Repara nas crianças que a circundam. Que fofas. Algum dia terá as dela? Quando? Estará longe dessa vida?
As crianças sorriem-lhe, ela diz-lhes olá. Lembra-se de quando ela própria era uma criança e de como gostava dessa leveza de existir, apenas só porque sim. 
O pai chama-as. Ela olha para ele. Ela gela. Ao lado vê a mulher, percebe que as crianças são dele. Senta-se exasperada, receia movimentar o olhar. Estatifica na cadeira, não ousa respirar, não ousa olhar mais, não ousa acreditar na cena que vê, que nunca quis ver, que sempre rezou para que não visse. Aquele cenário não era dela. Nunca foi. Nunca será.

sábado, 7 de setembro de 2013

É isto, por agora

Aos 16 anos achava que ia casar. Na altura com o rapaz com quem namorava. Achava que ia casar de vestido e tudo. Achava que se me casasse tinha que ser para sempre. E dizia que o amava para sempre. Mas aos 16 eu não sabia bem o que era o para sempre. Os 30 anos para mim eram uma realidade tão longínqua que me via uma carcaça acabada com uma prole de duas ou três crianças à minha volta. Ainda assim, via-me feliz no meio dessa realidade.

Hoje sei que o para sempre é só um até já. Que a duração das coisas é só o tempo que quisermos. Que as coisas, ainda assim duram muito menos do que queremos que elas durem, mas aquelas que queremos que não durem nada, afinal até duram muito tempo.

A única coisa que tenho saudades dos meus 16 anos é do modo como via as coisas com uma ingenuidade e utopia muito boas. Mesmo sabendo hoje que as coisas não são como as supus (graças a deus!) também não as sabia tão secas e tão descrentes. É só isto.

Não era tudo tão mais fácil?


Se tivéssemos um botão ON/OFF localizado algures perto do nosso cérebro que fizesse com que as pessoas passassem à história logo após as coisas terminarem? Acabava-se e deligava-se. Ponto!