quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Good news



Cérebro 1 - Coração 0

O meu esforço para utilizar o cérebro em vez do coração começa a dar os seus frutos.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Do coitadismo e como isto pode ser viciante (Parte I)

Há qualquer coisa de delicioso e viciante no 'coitadismo' que nos agarra àquela sensação de não podermos fazer mais nada e por causa disso sentimos uma pena tão grande de nós mesmos que quase se torna confortável ficar ali. É como se o mundo todo nos visse chorar e contorcer e, por causa disso, achamos que vamos ser recompensados. Nada mais triste e miserável do que isto. 

Sem moralismos alheios porque eu de vez em quando também me permito ter um bocado de pena de mim e chorar à vontade. O que realmente tenho aprendido é que esta emoção desgasta-me muito mais do que qualquer outra e olho para o espelho e não me reconheço. Nunca tive tendência para estados depressivos longos. Desta última vez, caí num buraco tão fundo que, confesso, assustei-me. Ponderei terapia. Tomei medicação (larguei, porque não me dei bem), repensei todo o cenário que vivi à procura de um sentido e não encontrei. Achei-me injustiçada. Revoltei-me contra o mundo. Deixei de acreditar no karma e naquele sentido de justiça divina que se diz que ele tem. Ponderei todas as minhas atitudes à procura de dar uma justificação a esta culpa que ainda carrego. Lembrei todos os dias infelizes antes do buraco. Irritei-me de morte com os clichés de consolação. Afastei-me de conversas sem sentido. Forcei-me a sair de casa. E forcei-me sobretudo a acreditar nesta miserabilidade toda. Acho que estou a aprender a aceitar. E aceitar é dos processos mentais mais difíceis que temos. Muito diferente de resignar, de aceitar só porque sim, como se não houvesse outra solução. É aceitar apenas. E confiar.


to be continued...

sábado, 10 de outubro de 2015

Da MC compensadita







Há duas versões da MC (há muitas mas duas delas muito opostas). 

A MC descompensada, soturna, apática, irritada e pouco esperançosa, logo não tem paciência para nada, mas mete cara de paisagem, sorri e acena. 

A MC compensada, alegre, racional, humorada e sobretudo... sarcástica. Esta Nat poderia ser eu na maior parte das vezes. :)))

















sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O que dói às aves

Darkness
 http://weheartit.com/entry/202837831/search?context_type=search&context_user=HappyAsylum&page=2&query=birds



Com os meus amigos aprendi que o que dói às aves
Não é o serem atingidas, mas que,
Uma vez atingidas,
O caçador não repare na sua queda.
Alice Vieira 



Do mesmo modo, o que realmente lhe dói não foi o ter sido atingida, não foi o tiro que levou e que a fez dar uma queda. O que lhe doeu foi mesmo o tamanho da queda porque ela podia estar a voar baixo, que podia, mas ela voava bem alto. Quando foi atingida não se lembrou da queda, nem das reviravoltas no ar. Não se lembrou sequer do sítio onde caiu. Tinha caído. Há diferença do sítio onde se cai?

O que realmente lhe doeu é que levou um tiro, quando estava a voar tão alto, cheia de esperança que àquela altitude tudo fosse tão mais bonito e verdadeiro e esperançoso. E quando estava a gozar plenamente do seu voo, levou um tiro. E ainda assim, o que lhe doeu nem foi o tiro, foi o depois da queda. É que depois de um tiro tão certeiro, espera-se que o caçador venha buscar a presa (que ao menos tenha valido o sacrifício). Mas não. O caçador apontou para caçar uma nova ave. O que o motivava mesmo era saber que acertava. 
A nova ave voava perto do chão. Pareceu-lhe até que já a tinha visto. Decidiu acertar-lhe. A ave caiu-lhe no colo. Desta vez achou que valia a pena cuidar da sua caça. 

A outra ave, não se sabe dela, nem onde caiu, nem o tamanho do estrago na asa. Sabe-se apenas que sobreviveu.

Crê-se que voltará a voar...



 

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Mai nada!

 

Não, não preciso de terapia. O que preciso mesmo é de litros de vinho, das minhas amigas e de um bocado de sorte com as pessoas que apanho pelo caminho.