quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Do dar e do receber

Há coisas que a idade me tem trazido que jogam cada vez mais a meu favor. O metabolismo não é um bom exemplo. Está cada vez mais lento. Assim como o meu estado constante de sonolência, que me daria, se eu me permitisse, para dormir em qualquer esquina. Bom, mas isto são pormenores.
Ora o que me tem trazido realmente de bom é a minha capacidade de tolerar cada vez menos as idiotices alheias. Se a pessoa tem um plafond grande para fazer idiotices (e isto aplica-se a gente que está na minha vida há muitttto tempo) então eu modero a paciência, mas se por azar não tem um plafond assim muito grande, pode descansar que eu vou ali à esquina comprar cigarros e não volto mais.
E nem é por nada, nem orgulho, nem teimosia, é mesmo falta de paciência e tolerância para gentes e coisas que não me acrescentam absolutamente nada. E isto das minhas relações com coisas e pessoas é muito na onda capitalista da oferta e da procura. Eu tenho muito para oferecer, mas procuro em igual medida. É um sistema de troca gratuito em que se oferece e dá, de modo a ganharem o dois (ou três ou quatro) e saírem igualmente ricos.
Por enquanto nem a idiotice nem a estupidez alheia me fazem ficar mais rica, nem melhor, nem com vontade de dar. É altura de pegar na mala e sair devagar, assim como quem não quer a coisa, sabendo que não quer voltar.

2 comentários:

  1. A estupidez e a idiotice alheias, se valesse dinheiro por muito pouco que fosse, era coisa para já me ter permitido uma reforma dourada ou pelo menos para uma viagem anual a um destino paradisíaco com tudo incluído...

    Cada vez vou tendo menos paciência para uma e para outra. Será que é da idade? Que aos trinta o nosso corpo liga um botão qualquer que vai enchendo o "depósito de estupidez" de cada um?

    Não sei a resposta. Mas concordo em absoluto contigo! :)

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    1. Acho que a idade ajuda em certa medida. Retira-nos algumas coisas e acrescenta-nos outras.
      O que acaba por ser positivo, bem vistas as coisas!

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