sexta-feira, 2 de junho de 2017

E não há nada pior que demasiado tarde....

Imagem de ombre, black and white, and swing
http://weheartit.com/entry/288411648/search?context_type=search&context_user=comehither&page=3&query=alone

Há coisas bem piores
do que ser sozinho.
mas às vezes levamos décadas
para percebê-lo.
E ainda mais vezes
é demasiado tarde.
E não há nada pior
do que
demasiado tarde.
Charles Bukowsky

quarta-feira, 10 de maio de 2017

O conforto da miserabilidade

girl
 http://weheartit.com/search/entries?utf8=%E2%9C%93&ac=0&query=sof%C3%A1&page=5&before=21567624


A miserabilidade é aquele sofá velho que nos faz doer as costas e no qual não conseguimos fazer uma sesta em condições, mas que já lhe conhecemos o cheiro, o tamanho, as manhas e o sítio onde as molas nos doem menos. 

Queixamo-nos dele, mas não o trocamos. É que este ainda me dá que falar. De que falarei eu quando me levantar deste sofá para fazer outra coisa? Deste eu sei falar, sei como me dói. As outras dores não as conheço bem. Como depois vou falar de dores que não conheço?

Aprendi recentemente que não podemos tirar ninguém do seu sofá velho apenas porque achamos que há um sofá melhor. A arrogância de acharmos que alguém seria mais feliz com um sofá novo, é nossa. A supremacia da nossa visão com a hipótese de poder retirar as dores de alguém faz com que gastemos energia num cenário que não sendo para nós, também não é nosso. 

Eu tenho o meu sofá velho, que teimo em sentar-me cada vez menos. Não me obriguem a sentar em mais nenhum sofá velho.

sábado, 29 de abril de 2017

Only love can save us

Todo o amor se cura com amor. A falta dele cura-se com amor. O excesso dele, com mais amor. 
Se temos muros à volta, o amor destrói. Se temos monstros dentro de nós, o amor aniquila-os. Se temos medos o amor combate-os. No  fundo, só o amor nos pode salvar e disso não tenho dúvidas. 
Hoje, nas minhas instrospeções diárias cheguei à conclusão que o que me faz falta é sentir um equilíbrio entre o amor que foi retirado e o amor que está por vir. 
Olhando para o passado e para as pessoas que já perdi, fiquei com um défice de amor que ainda não foi reposto. Como é possível vivermos em paz se nos tiram amor e não nos compensam com mais amor?
Aquilo que mais me assusta no facto no avançar da idade é da possível impossibilidade de gerar mais amor. O meu passado colheu-me amor e o meu futuro ainda não mo veio devolver. 
Acho que pode ser isto. Também. 

sexta-feira, 31 de março de 2017

Trinta do três, a conta que deus fez

Resultado de imagem para 35 anos


1, 2, 3 ... 35!

35 anos chegaram. De mansinho, como se não quisessem nada com a vida nem comigo, mas chegaram para me lembrar que estou viva e estou aqui. 
Se é como dizem, e que a cada ciclo de 7 anos algo se transforma e renova, eu estou muito expectante em relação ao que aí vem! 
Há qualquer coisa que me falta cumprir que ainda não descobri ao longo destes anos. Talvez nunca saberei. 
Já tive muita pressa! de viver, de chegar, de concretizar. Já me frustrei imenso por não encontrar um poiso onde me sentisse totalmente bem e totalmente eu. Até ter começado a aceitar. Aceitar que há coisas que não podemos mudar, que há coisas que já aprendemos e que podemos mudar e que grande parte das vezes as coisas estão exatamente como devem estar.
Aprender a aceitar foi a minha grande conquista dos últimos anos. Aprender a ser feliz com o que se tem e não com a ideia (tantas vezes efabulada) daquilo que deveria ter e do caminho que já devia ter percorrido, mas que pode não ter sido o meu. Pelo menos até agora. 
Daqui para a frente conto fazer o meu caminho com a serenidade que me for possível, aceitando sem resignação o que a vida me trouxer e sobretudo agradecer, por tudo e por nada. Simplesmente agradecer.