sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

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A ti, que achas que por falares muito, o que dizes é importante. A ti, que gabas a frontalidade que aspiras porque te sai da boca aquilo que o cérebro teima em não filtrar. A ti, cuja indignação não passa das redes sociais. A ti, que dás festas ao ego para que ele te admire sempre. A ti que tens argumentos fáceis, mas tão fáceis que se te perguntam porquê só grunhes. A ti que achas que o mundo todo está cheio de gente feia, mas tu és especial. A ti caríssimo, gostaria de te lembrar que dizeres o que pensas não é frontalidade, é só ordinarice. Que o que tu pensas, todos os grunhos com um copo de cerveja à frente reproduzem. Que a vida não é só preto e branco. Que o que tu pensas é teu e de mais ninguém. E aqui - Ámen -, agradecemos todos.


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