sábado, 7 de setembro de 2013

É isto, por agora

Aos 16 anos achava que ia casar. Na altura com o rapaz com quem namorava. Achava que ia casar de vestido e tudo. Achava que se me casasse tinha que ser para sempre. E dizia que o amava para sempre. Mas aos 16 eu não sabia bem o que era o para sempre. Os 30 anos para mim eram uma realidade tão longínqua que me via uma carcaça acabada com uma prole de duas ou três crianças à minha volta. Ainda assim, via-me feliz no meio dessa realidade.

Hoje sei que o para sempre é só um até já. Que a duração das coisas é só o tempo que quisermos. Que as coisas, ainda assim duram muito menos do que queremos que elas durem, mas aquelas que queremos que não durem nada, afinal até duram muito tempo.

A única coisa que tenho saudades dos meus 16 anos é do modo como via as coisas com uma ingenuidade e utopia muito boas. Mesmo sabendo hoje que as coisas não são como as supus (graças a deus!) também não as sabia tão secas e tão descrentes. É só isto.

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