domingo, 20 de outubro de 2013

Às vezes é preciso matar o amor...

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Às vezes é preciso matar o amor. Matá-lo aos bocadinhos, todos os dias mais um bocadinho. Fazer com que ele suma de vez dos nossos corpos. Mas não é matar o amor universal, aquele que deve ser gasto com as pessoas certas. É matar o amor errado, aquele que corrói, aquele que não acrescenta, aquele que fere, aquele que nos faz esquecer das coisas más, quando deveríamos lembrar-nos delas para o matar melhor. 

Deveríamos matar o amor antes que ele se esgote. Porque se o matarmos, ele pode renascer de novo, maior e mais grandioso. Mas se o gastarmos ficamos secos, condoídos, sem vontade de dar o que quer que seja. 

Às vezes é preciso matar o amor, mas devagar, sem pressa. Matá-lo de repente é uma utopia e querendo fugir do que se acabou de matar, acaba-se carregando a arma do crime, os vestígios, o resto desse amor. 

Às vezes é preciso matar o amor. Primeiro no corpo, depois na alma. Todos os dias, dia-a-dia, no banho, no café, na rua, no pensamento. Depois de morto, já não o damos, a não ser a nós mesmos. E neste caso, devemos dá-lo sempre, todos os dias, a toda a hora....

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