segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Se pudesse gritava palavrões bem alto, ao invés, escrevi...

Pedir a alguém que se anime quando está triste, em baixo, sem vontade de nada é o mesmo que pedir a alguém que está com alzheimer que se lembre das coisas.
É possível dar espaço às pessoas para se sentirem mal, solitárias, amarguradas com vida, raivosas, irritadas? Se tudo correr bem, isto passa, há-de passar, mas pelo amor de deus, não me venham com a merda das receitas mágicas do anima-te, precisas é disto ou daquilo, como se isso resultasse com toda a gente e fosse obrigação minha estar todos os dias de bem com a vida e com as pessoas. Logo eu, que costumo gostar muito de pessoas, mas que cada vez mais me farto delas e das suas teorias e das suas receitas de vida e de acharem que se eu fizesse o que elas mandam tudo seria mais feliz. Foda-se! Só me apetece gritar palavrões, assim todos de seguida e bem alto, mas em estando a escrever isto no café da fnac, com algumas pessoas à volta e musiquinha clássica de fundo, iria passar por maluca e isso é coisa que ainda não sou, mas para lá caminho a passos bem largos.

2 comentários:

  1. Gritaste por via blog, que é quase o mesmo, desde que te sintas mais aliviada e melhor. Se não estiveres, nesse caso mais vale gritares mesmo! Até ficares bem!

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