terça-feira, 30 de agosto de 2016

Mam'Zelle, este post é para ti


 Imagem de girl and sunset
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Recebi um mail estas férias. De uma leitora deste blog (a única, talvez), que me escreveu: três meses sem escrever nada. Não achas que é muito, não?

Sorri. Acenei com a cabeça como se ela me estivesse a ver e respondi que sim, que era. Que efetivamente não escrevia porque me tinha morrido a inspiração e porque a minha vida deixara de ter coisas giras para se escrever. E até as minhas opiniões, as milhentas coisas que me passam na cabeça quase deixam de ser 'escrevíveis'...

Hoje sentei-me e escrevi. Escrevo. Não sei bem sobre o quê. Perguntas-me o que penso quando me sento no sofá e olho para a vida que tenho. Honestamente e comparativamente só posso sentir gratidão: pelo que tenho, por quem tenho, por quem sou e por quem me permitem ser. Agradeço sempre.

E depois.... E depois penso se já me esgotei. Se é isto que posso esperar. Se terei alcançado aquilo que gostava realmente de ver em mim. Se a rotina instalada me vai abafar aos poucos. Se me vier a conformar com aquilo que me satisfaça minimamente. E tenho medo, muito medo. Já te disse o quanto tenho medo de ter uma vidinha? Um dia escrevo um post sobre o que é isto de ter uma vidinha.

Confesso que nestes últimos tempos tenho tido medo. Daquilo para que vou olhar daqui a uma década ou duas. Da pessoa que me posso vir a tornar. De tudo aquilo que ficou por dizer, por fazer, por concretizar e sobretudo por saber...

Depois faço uma pausa no zapping, levanto-me do sofá e volto à vidinha... a esta que tanto temo!