quinta-feira, 28 de abril de 2016

Voltar sempre... mas ir eternamente

O Janeiro passou e o Fevereiro também. Altura em que escrevi aqui o meu último post. Desde aí já completei mais um aniversário, já fui e voltei de África, já meti na cabeça que a vida não dá a volta sozinha e que as coisas por aqui são sempre cozidas em banho-maria o que significa que até ficarem completamente cozinhadas, tem que ser devagar, com tempo e muita paciência. 

Por partes.

Tivesse ou não a consciência de como seria 2016, uma das coisas que me propus foi viajar. Pelo menos uma das viagens teria que ser para longe. E foi. Comprei um bilhete de avião, mentalizei-me que teria que esperar 10 horas e  meia para lá chegar e fui ter com a minha amiga do coração a Moçambique. A cabeça veio comigo, mas eu não lhe dei muita importância. Poder estar longe de casa, pouco agarrada às tecnologias e agradecer cada hora do dia em que não temos wi fi foi a melhor terapia que consegui. 

Depois o calor e os bichos e as praias desertas e os caminhos de terra batida e a simplicidade de existir. Fiquei pequenina, que é o que se sente quando percebemos que existir é tão mais simples do que julgamos aqui. Ás vezes é preciso ficarmos pequeninos para voltarmos a ficar grandes e acho que viajar me proporciona isso. Voltei cheia. Cheia de vontade, cheia de saudades, cheia de ir, ir sempre. Voltei com 34 anos, mais velha, mais madura, mais certa e mais inconformada. E é por isto que sei que o caminho é para a frente!




2 comentários:

  1. Sortuda, pá.
    Yep. Fiquei cheiinha de inveja.

    O caminho é em frente, sem dúvida. Mas não podemos descurar as curvas que se nos apresentam. Por vezes sabe tão bem não seguir o caminho linear.
    ;)


    Ah! Já agora, PARABÉNS!

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    1. Sempre em frente mas não é necessário que seja em linha recta :) obrigada pelos parabéns:)
      Ando a tentar lidar com a passagem da idade :)

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